Zema decreta que todos os municípios de Minas entrem na onda roxa a partir do dia 17

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A medida foi anunciada hoje e vale a partir do dia 17 por um período de 15 dias fase mais restritiva prevê toque de recolher após às 20h e fechamento de comércio não essencial.
O governador Romeu Zema (Novo) após reunir com prefeitos das microrregiões do Estado e com os consórcios de saúde na noite desta segunda-feira (15), tomou a decisão, segundo pronunciamento do governador, a decisão teve apoio da maioria dos prefeitos e deve ser obrigatória até mesmo para aquelas cidades que não fazem parte do Programa Minas Consciente. A media foi anunciada hoje com o novo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.

“Resistência sempre vai ter, porque é uma decisão difícil para o prefeito que sofre pressão de todos os lados. Mas essa foi uma medida tomada por técnicos, não é achismo. Estamos vendo a saturação do Estado e chegou em um momento que não dá mais”, afirmou o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda (MDB).

Segundo Lacerda, o governo do Estado irá fiscalizar o cumprimento das medidas junto com as prefeituras. “As forças armadas vão estar empenhadas, antes era uma obrigação somente das prefeituras, mas a população precisa se conscientizar. Essa medida não vai adiantar. O que vai acabar com o problema é a vacina. A Onda Roxa é para desacelerar por um tempo a doença”, pontuou o presidente da AMM.

Neste fim de semana, Minas Gerais incluiu mais 88 cidades na Onda Roxa do programa. Os municípios pertencem à macrorregião Centro-Sul e às microrregiões de Juiz de Fora, Lima Duarte, São João Nepomuceno, Bicas e Santos Dumont. Atualmente, cerca de 300 cidades estão na fase mais restritiva do Minas Consciente, que prevê toque de recolher após às 20h e o fechamento de todo o comércio não essencial, além da proibição da realização de eventos e até de reuniões familiares.

Nesta segunda-feira (15), a ocupação de leitos destinados a pacientes com Covid-19 nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do SUS já ultrapassou o limite máximo em 20 das 73 microrregiões de saúde de Minas Gerais. Segundo o painel do governo do Estado, não há mais leitos de UTI disponíveis na rede pública em 27% das microrregiões – no último domingo, 15% dos conglomerados registravam taxa de ocupação de 100% ou mais. Atualmente, o Estado contabiliza 85,31% de ocupação dos leitos de UTI.

 A região Leste do Sul é a que registra maior ocupação de leitos de UTI Covid. De acordo com a Secretária de Estado de Saúde (SES), a ocupação, nesta segunda-feira (15), era de 114,06% na rede pública. Mas é na cidade de Janaúba, no norte de Minas, localizada na macrorregião Norte, que o sistema já “superou o colapso”, segundo o prefeito, Zé Aparecido (PSD). Atualmente, a microrregião Janaúba/Monte Azul tem 130% dos leitos de UTI ocupados. “Nós atendemos 15 municípios, somos referências para 300 mil pessoas, e só temos cinco leitos de UTI”, afirmou Zé Aparecido.

De acordo com o prefeito, desde o meio do ano a prefeitura pede ao governo do Estado a habilitação de mais 15 leitos de UTI, mas só na última semana a cidade recebeu o aval para alugar as estruturas. “A estrutura no município já era ruim, mas agora só escancarou um problema antigo”, destacou. Segundo ele, com a liberação dos novos leitos, a expectativa é que daqui 20 dias toda estrutura já esteja funcionando.
“Nós estamos com tudo fechado, mas não temos estrutura para aguentar as cidades do entorno que não fecham e encaminham seus pacientes. A ideia é que em 15 dias pudéssemos abrir tudo de novo, mas não sei. A situação está muito complicada”, argumentou o prefeito. Desde o início do mês, Janaúba está na onda roxa do Minas Consciente. Atualmente, cerca de 300 municípios estão na fase mais restritiva do programa.”
Com informação de O Tempo.

 

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