O número de transplantes de medula óssea realizados no país cresceu 10,7% no ano passado. Ao todo, 1.695 cirurgias foram realizadas em 2010 contra 1.531 no ano anterior. Um comparativo com 2003 indica um crescimento de 74,3%.
De acordo com o Ministério da Saúde, a expansão do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) é o principal motivo para o aumento no número de cirurgias. Atualmente, o Brasil possui 2 milhões de doadores cadastrados – o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, atrás dos Estados Unidos (5 milhões de doadores) e da Alemanha (3 milhões de doadores). Em 2003, o cadastro brasileiro contava com apenas 49,5 mil voluntários.
Dados da pasta mostram ainda que o número de transplantes de órgãos sólidos (coração, fígado, pulmão, rim, pâncreas) cresceu 7% no mesmo período. No ano passado, foram realizados 6.422 transplantes do tipo, contra 5.999 em 2009. Em 2003, foram realizados 4.194 procedimentos – um aumento de 53,12%.
A totalidade de transplantes – considerando órgãos sólidos, tecidos (córneas) e células (medula) – passou de 20.253 em 2009 para 21.040 no ano passado. O aumento no número de transplantes, segundo o ministério, se deve ao aperfeiçoamento dos processos de doação, como notificações por morte encefálica mais precoces e cuidado intensivo dos doadores.
O investimento no setor mais do que triplicou nos últimos oito anos. Em 2010, o valor somou R$ 1,198 bilhão, contra R$ 327,85 milhões em 2003. O Sistema Único de Saúde (SUS) responde por 95% dos transplantes de órgãos sólidos.
Ag:Brasil