A queda no registro de casos graves e internações devido às complicações da influenza A (H1N1) – gripe suína nos últimos dias no Paraná é um indicativo de que a fase mais crítica de transmissão do vírus já passou. A avaliação é do secretário de Saúde do estado, Gilberto Martin. Para ele, a preocupação e os cuidados da população em relação à doença e o pronto atendimento por parte das autoridades do setor de saúde foram determinantes.Em Curitiba, de acordo com balanço da Secretaria Municipal de Saúde, foi registrada queda de 34% nos atendimentos de casos de influenza A (H1N1) – gripe suína entre as semanas de 26 de julho a 1º de agosto e de 9 a 15 de agosto.
Os atendimentos na rede municipal, que chegaram a 5, 2 mil de 26 de julho a 1º de agosto, caíram para 3,4 mil no período de 9 a 15 de agosto. Devido às complicações da nova gripe, ocorreram 30 mortes, do dia 16 de julho a 11 de agosto, de pacientes com idade média de 36 anos. A secretaria municipal investiga outras 22 mortes por doença respiratória aguda grave e confirmou três por gripe comum. No total, são 55 mortes confirmadas por gripe ou sob investigação.
Segundo Martin, o Ministério da Saúde enviou para o Paraná 83 mil tratamentos para a influenza A. Desse total, mais da metade foi distribuída para as regionais de saúde em todo o estado, que têm reserva do remédio. A central de distribuição de Curitiba ainda tem também uma grande quantidade em estoque e toda semana recebe um novo lote, o que descarta qualquer possibilidade de faltar medicamento no Paraná , garante o secretário.
Martin avalia também como medida correta, tomada para evitar a propagação da doença, a suspensão das aulas por duas semanas em todas as escolas da rede pública do estado. Ele tranquiliza os pais no retorno às aulas, mesmo com a queda na temperatura e as chuvas dos últimos dias, e lembra que em todas as escolas, em todos os turnos, há um profissional, o “cuidador da gripe” preparado para tomar as medidas que julgar necessárias.
Os 107 óbitos e 1.883 casos confirmados até agora no Paraná podem ser considerados números significativos, mas o secretário explica que o estado apresenta um quadro real da doença porque os exames da influenza A são feitos no Laboratório Central (Lacen).
“Enquanto os três outros laboratórios do Ministério da Saúde realizaram 6 mil exames, o Lacen divulgou até agora 3,9 mil resultados”, observou o secretário.