Técnicos de saúde das microrregiões que compõem a Macro Norte participam, nesta quarta-feira (22), de oficina para a formação de multiplicadores do programa Mães de Minas. A oficina, realizada pela Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, no auditório do hospital universitário Clemente Faria, promove um debate sobre a importância da mobilização da sociedade para a redução da mortalidade infantil e materna na região.
A superintendente regional de saúde de Montes Claros, Olívia Pereira de Loiola, ressalta que a redução da mortalidade infantil e materna sempre foi um desafio para a saúde pública. “Nos últimos 12 anos, o Norte de Minas registrou uma redução de 64% nos índices de mortalidade infantil, que hoje é de 12,1 óbitos para cada mil crianças nascidas vivas na região. Apesar de ser uma redução significativa, nossa meta é reduzir ainda mais esse índice e a única forma de alcançar esse resultado é trabalhar de forma preventiva. Por isso, é importante a participação da família, da comunidade, da sociedade de um modo geral, especialmente nas ações de prevenção e promoção do autocuidado”, explica a superintendente.
Olívia destaca que a rede de atenção à saúde da mulher e da criança, que inclui o programa Mães de Minas, ampliou o acesso de gestantes, mães e bebês aos serviços de saúde. “O grande desafio é fazer com que o serviço alcance todas as mulheres e seus bebês, e o Mães de Minas veio exatamente para suprir essa demanda, fortalecendo o acompanhamento e garantindo assistência efetiva à gestante e à criança, em todas as etapas”, completa.
Oficina
Participam da oficina técnicos das secretarias municipais de Saúde e Ação Social, conselheiros municipais de saúde, agentes da pastoral da criança e da mulher e representantes de diversos outros segmentos da sociedade que integram os comitês de defesa da vida dos municípios.
Segundo o coordenador do núcleo regional das Redes de Atenção à Saúde, Alfredo Prates, esses comitês foram criados como forma de estimular a busca de soluções conjuntas entre órgãos governamentais e sociedade civil para a redução da mortalidade infantil e materna em todo Estado de Minas Gerais.
Dos 53 municípios sob jurisdição da SRS Montes Claros, 23 já constituíram seus comitês. “A proposta do Mães de Minas é acompanhar e zelar por cada gestante e criança do Estado. E para isso é fundamental a formação de multiplicadores. Por isso, convidamos técnicos dos municípios polo para participar da oficina a fim de que sejam multiplicadores em suas microrregiões. Nossa meta é que até o final do ano todos os municípios da macrorregião tenham seus comitês constituídos”, ressalta Alfredo.
Durante a oficina, estão sendo apresentadas estratégias de mobilização social que podem ser utilizadas para instrumentalizar o trabalho dos comitês. “As redes de atenção à saúde já estão bem desenhadas em nossa região, e nesse modelo de gestão o cidadão não é apenas sujeito, mas participante ativo das ações, por isso o envolvimento da sociedade é determinante para efetivar seus resultados”, observa a coordenadora do núcleo regional de Atenção Primária à Saúde, Renata Fiúza.
Segundo a coordenadora, a orientação aos participantes da oficina é que estimulem mulheres que estejam grávidas ou amamentando a ligar para o número 155, para que seja possível manter a interlocução direta dos serviços de saúde com a gestante e sua família.
Agencia Minas