O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou hoje (8) da cerimônia de abertura simbólica do Centro Especializado no Tratamento de Hipertensão e Diabetes (Cethid), que é a primeira fase de construção do Hospital Geral de Queimados.
A unidade está localizada no município de Queimados, na Baixada Fluminense, e tem capacidade instalada para atender entre 400 e 600 pessoas por dia, informou à Agência Brasil o diretor da rede hospitalar federal no estado do Rio de Janeiro, Oscar Berro.
Segundo Berro, o ministro reiterou, na ocasião, que “a Baixada Fluminense é prioridade para a presidenta Dilma Rousseff”. Ele esclareceu que nos últimos dez a 15 anos, a região perdeu 5 mil leitos. O ministro assegurou que por essa razão é um compromisso do governo federal junto com o estado e os municípios da região a recuperação desse número de leitos.
“São 4,5 milhões de pessoas que moram na Baixada Fluminense e perderam 5 mil leitos. E aumentou a população. Então, hoje, o desenho é de recompor essa malha de serviço”, disse. Berro informou que somente o município do Rio de Janeiro, cuja população alcança entre 6 e 8 milhões de pessoas, incluindo as que trabalham na cidade e dormem em cidades dormitórios, tem 16 unidades de urgência e emergência, contra apenas três unidades na Baixada Fluminense.
Ele destacou que a nova unidade vai desmistificar a ideia de que hospital só trata de doentes. “Essa unidade é mais do que um hospital. Ela trata para que as pessoas não fiquem doentes. Ela faz a prevenção. E é lógico que as [pessoas] que já têm a doença vão ter todo o atendimento, inclusive na área de fisioterapia, exames de diagnóstico e imagem, laboratório. Essa é a lógica dessa unidade”.
Segundo Berro, o Cethid quebra também a história de que, no local, havia “uma caveira enterrada” e que nada dava certo naquele espaço, que estava projetado para ser o Hospital Municipal de Queimados há mais de 20 anos.
Estimou que a conclusão do hospital, com adequação da lâmina de internação, ocorrerá no prazo de dois anos. Serão ao todo 276 leitos, dos quais 200 leitos de internação e 76 destinados à unidade de tratamento intensivo, ocupando um total de 16 mil metros quadrados. O hospital terá capacidade para atender duas mil pessoas por dia, não só de Queimados, mas dos demais municípios da Baixada Fluminense, afirmou Berro.
O prefeito de Queimados, Max Rodrigues Lemos, disse à Agência Brasil que ainda há muito por fazer, até poder oferecer à população da região o hospital concluído. “Temos que fazer ainda a conclusão dos leitos para virar um hospital. Mas, o importante é que nós demos o primeiro passo para solucionar um problema de quase 23 anos”.
Ele informou que os investimentos em obras no Cethid atingiram R$ 13 milhões, sendo R$ 8 milhões de repasse do governo federal. Para concluir o hospital, Max Lemos estimou que serão necessários R$ 48 milhões. A verba será pactuada entre os governos federal, estadual e municipal.
“O ministro Alexandre Padilha deu hoje todas as garantias para a conclusão do hospital, para a felicidade da Baixada Fluminense”. O custo mensal dessa unidade é de R$ 1 milhão, dos quais 75% são de competência do governo federal, afirmou o prefeito.
AGencia Brasil