Manhumirim, Diretora diz que denúncia contra hospital não procede

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Irmã Nadir Marcelino de Souza - Diretora do Hospital

Dona Iracema Aparecida de Oliveira procurou o Conselho de Saúde de Manhumirim para denunciar o fato que até agora continua um mistério, ela suspeita que seu filho esteja vivo, pois todo o procedimento do hospital fugiu a normalidade, o hospital não encaminhou para a secretaria de Ação Social como é de costume, fizeram tudo e nada cobrado dos pais. Segundo Iracema uma grande dúvida é porque não foi nos dado o direito de velar e sepultar nosso filho, já que não somos carentes e o local onde foi sepultada a criança em local para gente rica, onde está o túmulo do Sr. Renato Eller. “Minha grande dúvida é porque o hospital fez tudo isso sozinho, suspeito que meu filho esteja vivo, pois dois dias antes fui a Manhuaçu e gastei quase mil reais para fazer ultrassom e tudo estava normal com o bebe” Explica dona Iracema.

Anexo relatório da ATA nº 194 do Conselho Municipal de Saúde CMS onde consta que a senhora Iracema Aparecida de Oliveira, estava grávida sendo ela acompanhada pelo CRAS e o PSF do bairro da Penha, foi convidada pela conselheira Sra. Gisele Aparecida de Amorim, Rodrigues para a reunião CMS. Dona Iracema teve uma gravidez tranquila, segundo a enfermeira Rosane de Car valho Buteres e ACS Meyra que também a acompanhara. E no dia 14/04/2011, ela foi internada para ter seu neném e a justificativa para parto normal seria de que a paciente estava em trabalho de parto. A criança nasceu com 4 kg, pois dona Iracema teve uma gestação saudável e fez todas as consulta, e ultrassom no pré-natal. Só que depois de duas horas do nascimento a criança morreu, e ninguém soube explicar a causa da morte. A enfermeira Rosane falou da indicação do parto cesárea pela médica do PSF ao realizar na paciente o ultrassom 3D pode constatar diminuição de liquido amniótico, o que não aconteceu.

Antes, Dona Iracema havia sido internada para tratar de uma infecção urinária do dia 07 ao dia 12 que não foi comprovada por exames. No sétimo dia trocaram o medicamento, colocaram soro para dar dor, para que pudesse ter seu filho de parto normal, das 11h15m até às 13h, e ela passou a perder liquido e sangue. Consta que ela relatou que foi internada pelo Dr. Marco Antônio, e a passou para Dr. Denise que assumiu o plantão. Consta no relatório que com o que estava acontecendo ficaram desesperados e chegaram a colocá-la até em quarto particular. O marido de Dona Iracema estava inconformado com o que acontecera, mas ao reunir forças para providenciar o enterro foi impedido pelo hospital dizendo que o corpo só poderia sair no dia seguinte. Eles mesmos providenciaram o enterro, e sepultaram a criança em área nobre onde está o tumulo do Sr. Renato Eller, os médicos que á atenderam não souberam explicar a causa da morte, mas a mãe do bebê diz que é erro médico, negligência, pois o filho dela não tinha como nascer de um parto normal. Fato é que não foi liberada a certidão de nascimento e nem a certidão de óbito. O conselho de saúde ouviu as pessoas que estiveram na reunião e deseja que seja esclarecido. O conselheiro Sr. Cristiano Berbert Sathle fez uso da palavra e preferiu falar enquanto enfermeiro, e parabenizou a mãe por ter tido a coragem de procurar o CMS, disse que acompanha outras mães e seus pré-natais, que outras mães também perderam seus filhos lá. Que está havendo uma falha que precisa ser corrigida.

Irmã Nadir diretora geral do hospital: Nossa reportagem entrou em contato com a direção do Hospital Padre Júlio Maria e segundo a irmã Nadir diretora geral do hospital a denúncia de Dona Iracema não procede, pois tudo foi acompanhado pelo pai da criança, “abrimos sindicância para apurar os fatos e assim que tivermos resultado passaremos para o jornal”.

Devair Guimarães Oliveira

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