Governo do Amazonas tenta evitar reintrodução do cólera no estado

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Paula Laboissière

Repórter da Agência Brasil

A Secretaria de Saúde do Amazonas envia hoje (7) ao município de Tabatinga técnicos de vigilância em saúde na tentativa de evitar a reintrodução do cólera no estado. De acordo com o órgão, a cidade abriga mais de 600 refugiados vindos do Haiti, país atingido por uma epidemia da doença desde outubro do ano passado.

A equipe enviada ao local tem como objetivo realizar um diagnóstico dos riscos de disseminação da bactéria que provoca o cólera, aVibrio cholerae, também conhecida como vibrião colérico. Também há preocupação com as condições de higiene nas regiões onde vivem os haitianos – a maioria foi instalada em moradias precárias e com problemas de saneamento básico.

De acordo com a secretaria, nenhum caso de cólera foi registrado entre as pessoas que vieram do Haiti ou entre os brasileiros que vivem na região da tríplice fronteira (Brasil-Colômbia-Peru), onde está localizado o município de Tabatinga. As medidas adotadas, de acordo com o órgão, são preventivas.

As ações de controle na cidade devem incluir a intensificação do monitoramento de doenças diarreicas agudas e o uso de hipoclorito de sódio na água consumida pelos moradores. Será feita ainda uma coleta sistemática de água das moradias para detecção da bactéria.

Até mesmo rios, lagos e igarapés podem ser vias de disseminação do cólera, já que muitas pessoas no interior do Amazonas utilizam essas águas para consumo direto e para o preparo de alimentos.

A doença provoca diarreia e pode levar a uma desidratação grave que, se não tratada, pode causar morte. O tratamento é feito principalmente com a reposição de líquidos, por meio de soro, e com o uso de antibióticos.

O Amazonas viveu uma epidemia de cólera em 1991. Os últimos casos da doença no estado foram registrados em 1998.

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