Evento discute desafios e soluções para a Urgência e Emergência em Minas Gerais. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da Subsecretaria de Políticas e Ações de Saúde, realizou, nessa quinta-feira (30), um evento para discutir as dificuldades e as soluções encontradas pela gestão dos serviços de Urgência e Emergência no Estado e para apresentar o conjunto de ações da rede de Urgência e Emergência para hospitais.
Os gestores da SES-MG e a superintendente Geral do Hospital Odilon Behrens, Yara Ribeiro, fizeram apontamentos sobre as tendências e os cenários nacionais e internacionais das redes de Urgência e Emergência, além da apresentarem o projeto da rede no Estado e a implantação do Protocolo de Manchester.
O subsecretário de Políticas e Ações de Saúde, Maurício Rodrigues Botelho, explicou que o objetivo do encontro era melhorar a comunicação da SES-MG com os hospitais, compartilhar as boas experiências já evidenciadas naqueles que já implantaram o Protocolo de Manchester e apresentar as opções de informatização do sistema hospitalar.
O evento contou também com a palestra do coordenador Estadual de Urgência e Emergência da SES, Rasível dos Reis Santos, que expôs as estratégias de enfrentamento para fortalecer um modelo eficaz de atendimento às urgências. Rasível esclareceu que alguns problemas enfrentados nos hospitais, como pacientes acamados em corredores devido à superlotação, não podem ser admitidos. “As soluções para alguns desses problemas podem ser alcançadas se houver um planejamento do fluxo do paciente, organizando o direcionamento e separando esse fluxo a partir do risco que cada um apresenta”, afirmou. O coordenador ainda expôs algumas propostas que podem servir como ferramentas para solucionar dificuldades da gestão. “Estabelecer metas de tomada de decisão para as equipes dos hospitais com base no tempo de espera é essencial para uma estruturação em rede”.
Para exemplificar o bom funcionamento da implantação do Protocolo de Manchester, a superintendente Yara Ribeiro apresentou as dificuldades que eram enfrentadas anteriormente pelo Odilon Behrens e que agora foram solucionadas devido à informatização do sistema. “O sistema de classificação de risco, além de ter ajudado na organização por não termos que utilizar mais papel, foi muito importante para que os médicos conseguissem dar alta ao paciente de forma mais eficaz”. Yara também reforçou sobre como essa mudança foi significativa no enfrentamento da superlotação do Odilon. “Conhecer o perfil do paciente nos ajudou inclusive a contabilizar as especialidades mais demandadas no dia a dia, auxiliando na contratação dos profissionais mais solicitados”.
Protocolo de Manchester
O protocolo de Manchester é um mecanismo de classificação de risco de pacientes, em um serviço de urgência, que visa priorizar e encaminhar adequadamente esses pacientes à assistência médica. Para isso, utiliza-se de um amplo conjunto de fluxogramas (protocolos), extensivamente validados em várias partes do mundo, que garantem que, independentemente da experiência do profissional de saúde responsável por esta classificação, para casos semelhantes, obtém-se o mesmo resultado. Esse processo envolve um número muito amplo de variáveis que, para que seja ao mesmo tempo rápido, seguro e padronizado, gere a eficiência desejada.
O protocolo pressupõe em sua concepção, diversos mecanismos de auditoria que garantem a sua adequada utilização em todas as fases do processo, como também exige o compartilhamento das informações e resultados com toda a comunidade internacional envolvida com o mesmo, visando melhorias e aprimoramentos do processo e o seu acesso por todos os usuários. Isto só se faz eficientemente com o suporte de um sistema informatizado.
O software
A aplicação Alert automatiza o Protocolo de Manchester, valendo-se das mais avançadas tecnologias de informação disponíveis no mercado internacional. É uma aplicação “WEB-Based”, o que permite a sua utilização em ambientes em rede e em grande escala.
A sua interface com o usuário foi projetada visando que a sua adoção se faça sem grandes esforços de aprendizagem e ao mesmo tempo garantindo velocidade e segurança na sua utilização. O Alert é um produto certificado pelos autores do Protocolo de Manchester, sendo o único com instalações comprovadas em diversos países.
agência Minas