Especialistas discutem até sábado em Curitiba políticas de controle do câncer

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cancerA integração das políticas de controle do câncer na América Latina, novas técnicas para o tratamento da doença e a reivindicação ao Sistema Único de Saúde (SUS) e à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para que incluam na lista de procedimentos exames modernos que podem diagnosticar tumores malignos são assuntos que serão tratados no 8º Congresso Brasileiro de Cancerologia (Concan 2009).

O encontro – que reúne em Curitiba, de hoje (28) até sábado (31), cerca de 4 mil profissionais de saúde do Brasil e de diversos países – conta com 750 trabalhos inscritos, um volume de produção científica considerado recorde pelo presidente do congresso, Luiz Antonio Dias.

Com 450 mil novos casos por ano, o câncer é segunda maior causa de morte no país, atrás apenas de doenças cardiovasculares. A integração de políticas na América Latina será discutida por especialistas da Argentina, do Uruguai, Paraguai e Caribe. Estarão presentes ao evento 45 conferencistas internacionais.

Dias ressaltou que nos últimos cinco anos novos procedimentos e drogas deixaram a comunidade médica e científica esperançosa. “O congresso vai focar nos avanços da cirurgia. Discutir a cirurgia pouco invasiva que agride, mutila menos o doente, e também a cirurgia robótica, guiada com precisão por computador, além de apresentar as novas técnicas de radioterapia, principalmente as que utilizam imagens para uma precisão”, exemplificou.

Para o diretor-geral do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Luiz Antonio Santini, que também é membro da União Internacional contra o Câncer, a doença atualmente é um problema de saúde pública e impõe grandes desafios de planejamento, vigilância, pesquisa e organização dos sistemas de prevenção e tratamento. Segundo ele, como órgão responsável pela normatização da política de controle da doença no Brasil, o Inca vai mostrar suas experiências na formação de redes de colaboração mantidas internamente e com países vizinhos.

Na avaliação do diretor, embora as novas tecnologias, a prevenção e o diagnóstico precoce tenham sido significativos para alterar o quadro da doença, o desafio imposto agora está na difícil equação entre o tratamento com novas drogas e o custo elevado dos medicamentos. “É um debate de grande importância que devemos enfrentar.”

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