Estratégias a serem adotadas pelos estados do Nordeste para prevenção e erradicação da febre aftosa foram debatidas no Circuito Pecuário Nordestino, encerrado hoje (13). O encontro, promovido pelo Ministério da Agricultura, em parceria com o governo do estado do Piauí, reuniu durante dois dias, em Teresina, secretários de agricultura dos estados nordestinos, dirigentes e técnico das Agências de Defesa Agropecuária e das Superintendências Federais de Agricultura (SFA’s) e representantes do governo federal. A intenção é que os rebanhos brasileiros estejam livres da doença até 2010.
No primeiro ciclo de vacinação, 95,4% dos rebanhos foram imunizados no estado do Piauí. “A aftosa é uma doença que atinge o bolso dos produtores. Quando os animais ficam impossibilitados de serem exportados para outros estados, o prejuízo econômico é muito grande”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Rural do estado, Rubens Martins, dizendo que os índices de vacinação devem continuar significativos na segunda etapa da campanha que vai até 30 de novembro.
“Esperamos atingir um status de risco médio para poder liberar nossas fronteiras e dar uma melhor valorização a nossos animais, pois estamos há 14 anos sem febre aftosa no Piauí”, declarou Martins em referência às exportações. Martins acredita que em 20 dias os técnicos e auditores do Ministério da Agricultura possam fazer a reclassificação do estado, aguardada pelos produtores.
O Ministério da Agricultura estima que no Brasil existam 200 milhões de cabeças bovinas e um milhão de bubalinos (búfalos), que também devem ser vacinados. Em todo o país a prevenção da doença se dá por meio da imunização obrigatória em campanhas anuais, mas apenas Santa Catarina é livre da febre aftosa sem vacinação.
A febre aftosa é transmitida pelo ar, alimento e pela água de um animal para outro. Alguns estados do Brasil, a exemplo de Alagoas, não contabilizam casos da doença há pelo menos dez anos.
No Maranhão, em Pernambuco, Alagoas e no Rio Grande do Norte, a 2ª etapa de imunização dos animais terminou no dia 31 de outubro e a expectativa agora é o resultado da campanha para melhorar a reclassificação, importante para as exportações, já que neste momento estes estados ocupam o status de risco médio.
O circuito pecuário foi criado para reunir estados com sistema de produção e comercialização semelhantes e ampliar as relações de trânsito, possibilitando adoção de ações adequadas para o controle de doenças.