Desde o início da vacinação, foram detectados 197 efeitos secundários da vacina
Cinco das sete vítimas fatais em decorrência da gripe A registradas na Suíça morreram depois de terem sido vacinadas, segundo dados divulgados dia 7 segunda-feira pela Swissmedic, o organismo suíço regulador de remédios.
Em quatro dos casos, a vacina utilizada foi a pandemrix, fabricada pela empresa farmacêutica GlaxoSmithKline. No entanto, não foi divulgada a marca aplicada no quinto caso.
Todos os pacientes eram maiores de 60 anos (um deles maior que 80) e, em quatro casos, sofriam de doenças crônicas graves. Por isso, “pode ser excluída a relação com a vacina”, informou a Swissmedic. O último caso, referente ao paciente de 80 anos, ainda está sendo analisado.
Também foi registrada a morte de dois fetos no útero após suas mães terem sido vacinadas com focetria, fabricada pela empresa Novartis. Em um dos casos, a morte fetal é atribuída a “fatores de risco já existentes”, enquanto o segundo caso segue sob análise.
No total, desde o início da vacinação, no final de novembro, foram detectados 197 casos de efeitos secundários da vacina, mas não se sabe o número de pessoas que foram imunizadas. Do total, 169 casos receberam pandemrix, 25, Focetria e 3, Celtura, outra vacina fabricada pela Novartis.
O porta-voz da Swissmedic, Joachim Gross, explicou que estes dados não indicam que a pandemrix seja a vacina que fornece mais riscos, mas é a mais utilizada.
Entre os efeitos secundários, em 44 dos casos foi registrada “uma reação grave e conhecida”, ou seja, um efeito que estava previsto no prospecto do remédio, na maior parte reações alérgicas. Em outros 28 casos houve “efeitos secundários com reação grave e desconhecida”, entre elas cinco perdas de consciência após a vacinação e um caso de convulsões. A metade dos casos, segundo a Swissmedic, “não é atribuível à vacina”.