O câncer, foco de debates que exploram diversas possíveis origens, incluindo conexões com fatores genéticos, mergulha o tema na esfera da complexidade. Nesse cenário, somos lançados como meros expectadores do avanço científico, pois, se centros de pesquisa renomados globalmente ainda não atingiram um entendimento, quem somos nós para empreender um estudo? Contudo, na própria comunidade científica, identificamos concordâncias técnicas.
Para uma compreensão inicial, é imperativo conceituar ciência como um método sistemático de investigação que busca distinguir a atividade científica de outras formas de conhecimento, guiando-se por princípios delimitadores, associado à experiência e a lógica.
Diversos pesquisadores sustentam que a origem do câncer está ligada ao metabolismo celular. Um estudo liderado e publicado pela Dra. Ophélie Menet, valida a ideia de que uma redução calórica diminui a disponibilidade de nutrientes para as células, resultando na desaceleração do metabolismo e na limitação da produção de proteínas, fenômenos associados a diversos tipos de câncer.
A “Medicina Laboratorial”, endossa essas pesquisas. Destaca-se como exemplo o exame PET-CT, que utiliza sinalizadores. Durante o procedimento, o paciente recebe a injeção de um “contraste”, absorvido pelo corpo. As células cancerígenas, devido ao seu metabolismo acelerado se alimentam mais que as células normais, então, também absorvem mais os componentes injetados. O equipamento detecta a radiação liberada, gerando imagens que revelam áreas de concentração mais elevada da substância, proporcionando informações anatômicas precisas, identificando metástases.
Entretanto, o fator preponderante e conclusivo nesse processo é o componente central do contraste, a “fluordesoxiglicose”, uma forma de “glicose” combinada com os pósitrons, corroborando inequivocamente que a origem do câncer está no metabolismo celular. Esse avanço notável da Medicina Laboratorial contrapõe-se à estagnação dos tratamentos tradicionais que negligenciam tais comprovações.
Após estas conclusões, questiona-se, por que o sistema de saúde fecha os olhos perante as novas evidências da origem desta doença?
Diante disso, pergunta-se: “Quem exerce verdadeiramente o controle”? A ciência ou as relações mercadológicas? Visto que o reconhecimento desta matriz inicial da doença impactaria toda a cadeia profissional moldada pelas terapêuticas estabelecidas, reduzindo os custos dos tratamentos e enfatizando a profilaxia como a chave fundamental.
Mauro Falcão
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