O Rio Grande do Sul confirmou, no início da tarde desta quinta-feira, mais quatro mortes por gripe suína. Com isso, sobe para onze o número de mortos em decorrência da doença no país – sete só no Rio Grande do Sul. Com as novas confirmações, em um único dia, foram registradas sete mortes no Brasil.
A cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, confirmou duas mortes por infecção pelo vírus influenza A H1N1. De acordo com o secretário de Saúde de
Santa Maria, José Farrett, as duas vítimas são Diogo Carvalho, de 26 anos, e Lucídio Klein, de 31 anos. Lucídio morreu na semana passada e Diogo, na madrugada da última segunda-feira. Segundo Farrett, Diogo esteve no Uruguai, mas Lucídio não havia saído da cidade. Ainda não se sabe como ele se contaminou. Santa Maria ainda tem quatro pacientes em estado grave com suspeita da doença, mas descarta decretar estado de emergência.
– Decretar estado de emergência neste momento causaria pânico na população – afirma o secretário.
Na cidade gaúcha de Passo Fundo, a 300 quilômetros de Porto Alegre, foram confirmadas também mais duas mortes. São dois homens, de 30 e 42 anos, que faleceram nos dias 8 e 10 de julho. Eles não viajaram para o exterior e também não se tem notícia de que tiveram contato com alguma pessoa proveniente das áreas de risco.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Alberi Grando, o homem de 42 anos tinha problemas no coração. Ele foi internado à meia noite do dia 9 e morreu às 23 horas do dia 10. O outro paciente, de 30 anos, aparentemente não tinha outro problema. Ele foi internado no dia 6 e morreu dois dias depois.
Além dos dois casos já confirmados de morte por gripe suína em Passo Fundo há a suspeita de mais uma morte pela doença. A pessoa morreu na última terça-feira, 14 de julho, segundo Grando. Os exames ainda não ficaram prontos. Pela manhã, a Santa Casa de Uruguaiana, na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina, já tinha confirmado mais uma morte no estado pela gripe suína. Trata-se do caminhoneiro Dirlei Pereira da Silva, de 33 anos, que estava internado desde o dia 10 de julho na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após voltar de viagem da Argentina. Ele morreu nesta quinta-feira. No ínicio da tarde, foram confirmadas mais uma morte no Rio de Janeiro, a primeira no estado, e uma em Osasco, na Grande São Paulo.
A vítima do Rio de Janeiro é uma mulher de 37 anos. A Secretaria de Saúde não informou o endereço da vítima, mas confirmou que ela morava na capital. Ela adoeceu no dia 3 e morreu dia 13 de julho num hospital particular com dignóstico de pneumonia. A vítima paulista é um rapaz de 21 anos, segundo a secretaria municipal de Saúde de Osasco. Ele é a segunda vítima da doença na cidade e a terceira no estado de São Paulo.
O caminhoneiro do Rio Grande do Sul era natural da cidade gaúcha de Itaqui, era casado e tinha um filho de 2 anos. Ele é o segundo caminhoneiro gaúcho que morre vítima da doença. A primeira vítima fatal no país foi o também caminhoneiro Vanderlei Vial, de 29 anos, morador de Erechim, que também contraiu o vírus no país vizinho.
Nesta quarta-feira, os três estados da região Sul do país definiram uma ação integrada contra a gripe suína na fronteira com Argentina, Uruguai e Paraguai.
Outras mortes
Na última terça-feira, São Paulo confirmou uma morte por gripe suína em Botucatu, a 226 quilômetros de São Paulo. A vítima tinha 28 anos e trabalhava como representante comercial e circulou por várias cidades da região vendendo produtos, já infectado pelo vírus.
O estado já havia confirmado, na última sexta-feira, a morte de uma menina de 11 anos em Osasco, na Grande São Paulo. O pai, a mãe e o irmão da menina apresentaram a doença. A avó e os primos da menina também foram contaminados.
Segundo a secretaria municipal de Saúde de Osasco, o estado de saúde dos familiares não é grave.
No Rio Grande do Sul, um menino de 9 anos também morreu infectado pelo vírus H1N1. O garoto, que morava em Sapucaia do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, morreu no dia 5 de julho. Segundo o secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, o menino tinha uma doença neurológica que comprometia o sistema imunológico.
Fonte: O Globo