O líder do partido Sibá Machado, afirmou que lutará a favor do recesso parlamentar á ser cancelado e assim acelerar o processo de impeachment da presente Dilma Rousseff.
“Estamos atrás de dizer que o Brasil precisa andar independentemente de futrica política. Esse assunto tem que ser encerrado o mais rápido possível. Queremos que a comissão seja formada logo, para decidir e derrubar [processo de impeachment]. Se isso [derrubada do recesso] for solicitado, a nossa bancada vai apoiar”, disse Sibá.
Nesta quarta, o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), já havia defendido que não houvesse recesso para acelerar a tramitação do impeachment.
O recesso tem início em 22 de dezembro e termina em fevereiro. Cabe ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RJ), e ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a decisão de convocar senadores e deputados neste período, para garantir o funcionamento de comissões ou sessões extraordinárias de votação. A convocação é feita por ato conjunto e precisa especificar o motivo. O ato é submetido á votação na Câmara e, depois, no Senado. O recesso só pode ser cancelado com a aprovação das duas Casas.
Em reunião nesta quinta-feira (3) no Palácio do Planalto, líderes da base aliada também ouviram do ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, que a orientação é enfrentar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff sem manobras para postergar as investigações.
A abertura de processo que pede o afastamento da petista foi anunciada nesta quarta-feira (2) pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na tarde desta quinta (3), ele anunciou aos líderes como será a divisão por partido das vagas na comissão especial que será criada para elaborar parecer sobre a continuidade ou não das investigações de Dilma.
“Não vai ter orientação para protelar. A questão é enfrentar o processo sem obstrução. A não ser, claro, que haja violação das regras. O governo acha que isso precisa ser enfrentado. E eu também acho que precisa ser enfrentado para que o Brasil siga independente da decisão soberana da Câmara” disse o deputado Maurício Quintella Lessa.
O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), disse que o seu apoio ao cancelamento do recesso vai depender se ficar claro que não há uma tentativa do governo de seguir com o processo em janeiro para evitar que seja acompanhado pela sociedade.
“Janeiro é um mês que muita gente sai de férias. Há uma intenção de acelerar a avaliação do impeachment justamente no mês de férias e pegar a sociedade desmobilizada. Pode estar havendo uma manobra governista”, afirmou.
Para o líder do PPS, Rubens Bueno (PR), é preciso saber antes a estratégia do governo. “Quando o governo vem com a ideia de que temos que votar rapidamente, a gente começa a desconfiar”, disse.