O texto em articulação também obriga a transferência de militares para a reserva quando assumirem cargos públicos, mesmo que temporários.
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O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) disse que proposta de integrantes do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT, de não permitir que militares da ativa assumam cargos políticos busca tratá-los como “cidadãos de 2ª categoria”. Segundo o ex-vice-presidente, as Forças Armadas não estão preocupadas com a medida.
Deputados petistas elaboram uma PEC (proposta de emenda à Constituição) para acabar com as operações militares de GLO (Garantia da Lei e da Ordem). O texto em articulação também obriga a transferência de militares para a reserva quando assumirem cargos públicos, mesmo que temporários.
“Se você tem uma pessoa dentro do Exército, Marinha ou Força Aérea com competência específica para um cargo, você vai deixar de usar aquele servidor que nós, a nação, treinamos, conseguimos os meios para ele estudar e se aperfeiçoar?”, disse Mourão em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo publicada no sábado (18).
Para o senador, acabar com a GLO é algo pensado só “para tacar fogo no parquinho” e que nada mudaria. “Não existe outra força capacitada. Não adianta ficar sonhando com guarda nacional, com sei lá o quê, porque isso não vai sair do papel jamais”, declarou. “Como é que eu vou te dizer, é só para tacar fogo no parquinho.”
Questionado sobre como vê o papel dos militares durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), Mourão disse que a maioria era da reserva. “As coisas caem sempre em cima do pessoal do Exército”, afirmou. “O ministro Bento [Albuquerque] foi ministro de Minas e Energia sendo almirante da ativa e isso nunca foi mencionado porque é da Marinha. Passa despercebido”, continuou.
Com informações de Poder360*
Foto: Divulgação