Repórter da Agência Brasil
Brasília – No Senado, a votação do projeto de lei do governo que fixa o salário mínimo em R$ 545 será tranquila, segundo o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). O assunto não preocupa os líderes da base aliada. O parlamentar afirmou hoje (15) que os senadores deverão votar favoravelmente ao projeto do Executivo.
Além de fixar o salário mínimo em R$ 545, a proposta prorroga a regra para a correção anual acordada ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com as centrais sindicais. Até mesmo parlamentares ligados às centrais sindicais e que tem como bandeira a melhoria do salário mínimo, como Paulo Paim (PT-RS), considera que “não há risco para o governo de perder essa votação no Senado”.
José Sarney destacou que as duas maiores bancadas, PMDB e PT, já acordaram em manter o projeto do governo. “Evidentemente, numa Casa que tem pessoas de tantas responsabilidades e de tão longa vida pública, nós teremos algumas divergências naturais”, acrescentou ele.
O presidente do Senado não acredita que os coordenadores políticos da equipe da presidenta Dilma Rousseff irão usar a votação do projeto para mapear quem realmente é da base aliada. Ele ressaltou que pelos próprios mapeamentos que são feitos nessas votações, os líderes sabem com quem pode ou não contar. “Esse mapeamento para discriminar os condenados à perdição e outros à salvação eu não vi [entre os coordenadores políticos do governo]”.