São Paulo – O candidato à Presidência da República do P-SOL, Plínio Sampaio, ressaltou dia (18) a importância da iniciativa popular para solucionar os problemas sociais. Para exemplificar seu ponto de vista, o candidato foi a uma ocupação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Perus, zona norte da capital paulista. O local onde seria estabelecido um aterro sanitário foi invadido pelos sem-terra há oito anos. Desde então, eles cultivam legumes e frutas, além de criar animais. “Não é marginal nenhum, são pessoas que estão lutando para sobreviver”, destacou.
Segundo a coordenadora do MST do local, Rosângela Santos, são 40 famílias que produzem de forma agroecológica. “Precisamos é ter projetos para a terra. Porque como é só a gente que dá conta de comprar as sementes, de colocar o adubo, então, às vezes, não temos condições de fazer tudo”.
O candidato disse que foi ao local por causa da força simbólica das ações dos sem-terra. “Essas são as pessoas que realmente têm propostas para solucionar. Esta é uma simbologia. Eu poderia ir a centenas de assentamentos que começaram como ocupações em relações as quais eu estive presente ou sustentei politicamente”.
Para os sem-terra e outros “militantes”, a quem Plínio identifica como sua base eleitoral, o candidato disse que a mensagem é “lutar”, “não importa a desproporção”.
Ele mesmo afirmou que enfrenta grandes dificuldades na disputa presidencial devido a estrutura reduzida de sua campanha. Na avaliação de Plínio, ele está preso em um “círculo vicioso” que atrapalha sua exposição nos meios de comunicação. “Se eu não apareço na imprensa, eu não posso ter pontuação [nas pesquisas eleitorais]. Como eu não tenho pontuação, eu não apareço na imprensa”.
O candidato disse que tem conseguido contornar essa situação, em parte, com o uso da internet, apesar de reconhecer que o meio ainda tem um alcance limitado entre a população brasileira.