Pablo Marçal, o candidato conservador a disputa à Prefeitura de São Paulo tira o sono de Nunes e Boulos

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Por Devair G. Oliveira
Fenômeno das redes sociais, sente como um peixe dentro d’água nadando nas águas que ele domina, usa a provocação como estratégia e surfa a onda conservadora que levou ao poder Jair Bolsonaro, Donald Trump e Javier Milei. Pablo Marçal, de 37 anos, candidato do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), sacode a disputa à Prefeitura de São Paulo.

Desde o começo de agosto, quando entrou oficialmente na corrida para governar a maior cidade da América Latina, com 12 milhões de habitantes, a popularidade deste influenciador e “coach” só fez crescer.

Faltando menos de um mês para o primeiro turno das eleições municipais, em 6 de outubro, Marçal lidera as intenções de voto com 23%, segundo a última pesquisa Datafolha, em empate técnico com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiado pelo ex-presidente Bolsonaro, e Guilherme Boulos (PSOL), candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Infelizmente temos que ver estas pesquisas forjadas, está querendo manipular as pesquisas para enganar o povo, mas os eleitores de São Paulo estão bem acordados e vai ser de lavada, esse grupo que manda na política de São Paulo há bastante tempo, Boulos, Datena e Nunes são da mesma turminha, mas agora estão desesperados e nem sabem se vai para o segundo turno.

“Essa onda que eu faço parte tem dois mil anos, chama-se cristianismo. Cristianismo defende a liberdade. E está na sintonia do que a maioria das pessoas querem, que é paz”, diz Marçal à AFP, ao final de um dia de campanha que reuniu ricos e pobres em um bairro nobre da capital paulista.

“As pessoas querem liberdade, querem falar o que pensam. Não querem se curvar para a ideologia de gênero. Não querem essa agenda ‘woke’, que é completamente retardada”, acrescenta, em alusão a um termo usado para designar políticas consideradas liberais ou de esquerda.

Marçal fez da letra “M”, inicial de seu sobrenome, a logo de sua campanha, centrada em propostas de austeridade, para tirar os “incompetentes” do setor público e para geração de emprego, especialmente para os pobres.

“O que ele fala é o que a população brasileira gostaria de falar”, garante Sara Maria Nunes, enfermeira de 50 anos, usando o já famoso acessório na cabeça.

Filho de um funcionário público e de uma empregada doméstica, o candidato do PRTB nasceu em Goiânia (GO) e ficou famoso na internet dando conferências motivacionais e cursos sobre como ganhar dinheiro.

É o mais rico entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, segundo a imprensa local.

Carismático, de silhueta atlética, casado com uma mulher profundamente cristã como ele e pai de quatro filhos, tem feito um uso tão estratégico quanto controverso de suas redes sociais, nas quais supera os 25 milhões de seguidores.

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