O deputado Sandro Mabel (PR-GO) destacou hoje (25) que se eleito para a presidência da Câmara vai trabalhar em prol de uma valorização política e administrativa da Casa. Ele, que é candidato avulso, defende que é preciso fazer com que a Câmara assuma “a importância que realmente tem”.
“Ao longo dos meus cinco anos de mandato só tenho visto a coisa piorar. Tem posturas que devem ser tomadas para valorizar a Câmara e dar a dimensão que ela realmente tem”.
O deputado defendeu, também, maior valorização dos servidores e dos deputados. Citou, por exemplo, as instalações precárias do Centro de Informática (Cenin), setor estratégico, que segundo ele precisa ter melhores condições de trabalho.
Mesmo contra a vontade do seu partido Mabel decidiu, a uma semana das eleições, disputar a presidência da Câmara com o atual titular Marco Maia (PT-RS), até então candidato único e com o apoio institucional de quase todos os partidos da Casa. Mabel se afastou até da liderança do partido para dedicar-se integralmente a conversas com deputados e bancadas.
Ao entregar a liderança do partido ao vice-líder, Lincoln Portela (MG), Mabel defendeu a necessidade de se aplicar melhor os recursos administrados da Câmara. “Precisa ter dinheiro e, para ter dinheiro, não significa cortar gastos dos parlamentares, mas gastar melhor e criar condições melhores de trabalho.”
Em entrevista, Mabel afirmou que entra na disputa com 130 votos prometidos. Para eleger-se, necessita, no mínimo, de 257 votos. Antes de oficializar seu nome à disputa, ele disse já ter conversado com os ministros da Casa Civil, Antonio Palocci, e de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, além do presidente do PR, Valdemar Costa Neto (SP).
Sandro Mabel fez questão de ressaltar que, em nenhum momento, sua candidatura representa oposição ao governo da presidenta Dilma Rousseff. “Mais da base aliada do que eu não tem. Se for presidente da Câmara, quero ajudá-la muito. Isso não é uma disputa de governo contra outro candidato. Não sou um candidato que se coloca contra o governo federal.”
Agência Brasil