Líderes políticos mundiais, entre eles os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da França, Nicolas Sarkozy, além da chanceler da Alemanha, Angela Merckel, preparam-se para o Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça), que começa amanhã (26) e vai até domingo (30). A presidenta Dilma Rousseff não participará das discussões, mas enviará o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
Na reunião serão debatidos, entre outros temas, a reformulação dos sistemas financeiros e a exploração de estratégias e soluções para os grandes desafios globais. As discussões ocorrem no momento em que alguns países europeus, como Portugal e Irlanda, vivem momentos de dificuldades econômicas e ameaçados por crises internas.
De acordo com os organizadores do fórum, além dos líderes políticos mundiais, representantes dos empresários, da sociedade civil e especialistas participarão do evento. Também devem entrar em pauta a falta de consenso sobre as questões climáticas e as inovações tecnológicas. Os temas do fórum se misturam às preocupações em curso nos debates do G20 (que reúne os países mais ricos do mundo).
Ontem (24), Sarkozy, que presidirá o G20 em 2011, adiantou que alguns assuntos serão tratados como prioridades por ele. Para o presidente francês, é essencial a aprovação de uma espécie de código de conduta sobre os fluxos de capital. Ele não disse, no entanto, como funcionará essa proposta.
Segundo Sarkozy, não há possibilidade de adotar um sistema de taxas fixas de câmbio. O presidente francês considera fundamental a reforma do sistema financeiro internacional.
Também está entre as preocupações dos líderes políticos a necessidade de produção de mais alimentos. De acordo com especialistas que elaboraram o estudo britânico Foresight Report on Food and Farming Futures, a produção global de alimentos deve ser elevada em pelo menos 40% nas próximas duas décadas para evitar o aumento da fome no mundo.
No ano passado, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva também não compareceu a Davos e enviou o ex-chanceler Celso Amorim para representá-lo. Amorim levou um recado claro de Lula aos participantes, recomendando que a crise financeira que atingiu o mundo entre 2009 e 2010 servisse de lição para repensar a economia.
De 27 a 29 de abril, ocorrerá no Rio de Janeiro o 6º Fórum Econômico da América Latina. No ano passado, o presidente e fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, disse que o Brasil foi escolhido para sediar o encontro por causa do desempenho do país na América Latina. Em 2009, o mesmo evento ocorreu no Rio.
Agencia Brasil