Com o resultado final das eleições 2010 o mapa das urnas mostrou que os eleitores queriam é a continuidade do governo Lula, sem levar em conta o sexo da candidata. Serra venceu nos principais centros com exceção de Minas Gerais e Rio. Será que Aécio entrou neste segundo turno de corpo e alma? Só com o tempo vamos saber, as palavras não resolvem se as atitudes não acompanharem, em Manhuaçu cidade Pólo e governada pelo PSDB não se viu um militante do PSDB, apenas o PT sujou as ruas, será que tem alguém que pensa que papéis nas ruas dão votos? Eleição é mesmo uma incógnita, Governador Valadares governada pelo PT e terra de um deputado federal do PT Dilma não ganhou.
A candidata Marina da Silva, em comício em Santa Catarina, fez uma declaração interessante: “Parece que o povo brasileiro quer uma mulher na Presidência. Então vamos equilibrar o jogo entre as mulheres e levar as duas ao segundo turno”, pediu, em Florianópolis. “Não precisamos desistir deste sonho” (Folha de S.Paulo, 29/08/2010).
Estados não cumprem cota de candidatas
Tanto é verdade que a própria campanha do PT ainda não resolveu se Dilma – caso eleita – será presidente ou presidenta: “`Afinal, ela vai ser presidente ou presidenta?´, perguntou Rosane dos Santos, ao deixar um comício em São Paulo, na última semana. A militante se referia ao título que a candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff, teria, caso eleita. A confusão tem origem no uso, desde o início do ano, nos discursos da candidata, do presidente e de outros aliados, do termo presidenta. A alteração do gênero da palavra, que na ortografia não tem versão feminina, foi uma forma de reforçar o fato de Dilma ser mulher. Em eventos como comícios e falas informais, o presidenta será bastante usado, em especial por Lula e Dilma. O presidente ficará para os programas de TV, discursos para um público mais tradicional e debates” (Folha de S.Paulo, 29/08/2010).
É ainda o TSE que divulga outro dado interessante: as mulheres vão melhor nas regiões menos desenvolvidas, onde, não por acaso, Dilma Roussef teve mais votos. Segundo o TSE: “As regiões Norte e Sul não são distantes apenas em termos geográficos. Existe uma distância, também, quando se olha o percentual de mulheres candidatas e eleitas para a Câmara Federal, em 2006. A região Norte lançou 15,22% de candidaturas de mulheres e elegeu 13 deputadas federais, em 2006, representando 20% das 65 vagas disputadas, enquanto a região Sul lançou apenas 10,93% de mulheres, elegendo apenas 4 deputadas, representando 5,19% das 77 vagas disputadas. Ou seja, a região Sul, com o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), possui a menor representação política das mulheres do Brasil, enquanto a região Norte, com níveis baixos de IDH, possui a maior representação política feminina na Câmara Federal.”