A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse hoje (1º) que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) são um problema da Colômbia. Ela explicou que, se eleita, manterá uma clara posição de combate ao narcotráfico e de não interferência na forma com que o governo colombiano se relaciona com a guerrilha.
No entanto, ela ressaltou – após se reunir com o novo presidente colombiano, Juan Manoel Santos, em Brasília – que não relutará em ajudar o país vizinho, caso isso seja solicitado.
As Farc são um grupo guerrilheiro armado, composto por uma milícia civil, pelo Partido Comunista Clandestino Colombiano e por grupos de simpatizantes camponeses. Há denúncias de que o narcotráfico seja uma das atividades exercidas pelas Farc.
Dilma disse que não chegou a conversar com o presidente colombiano sobre as acusações feitas pelo vice na chapa tucana, Indio da Costa, de que exista relação entre o PT e as Farc. “Isso é uma coisa somente do meu adversário. O presidente colombiano e todos sabem da relação de respeito que o governo Lula teve durante todos os episódios envolvendo as Farc”, disse.
Em sua primeira viagem internacional após tomar posse, Santos pretende se encontrar com os dois candidatos com mais chances na disputa eleitoral. Hoje foi Dilma e amanhã está marcado um encontro com o candidato do PSDB, José Serra.
Segundo Dilma, a conversa com Santos foi proveitosa. Deram destaque aos acordos de cooperação para a vigilância da fronteira dos dois países, que se estende por aproximadamente 1.650 quilômetros em plena Floresta Amazônica. A petista contou que o presidente colombiano demonstrou preocupação com a continuidade da cooperação já firmada com o governo brasileiro para a vigilância da fronteira.
“Esse acordo já foi firmado com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e nós vamos dar continuidade para que nossa fronteira não vire uma área de atuação do crime organizado”, disse.
Dilma disse a Santos que seu projeto de defesa envolve a compra de dez veículos aéreos não tripulados, os chamados vants que serão usados na fronteira em conjunto com as ações policiais em terra. Esses vants são iguais aos usados por Israel para monitoramento.
Segundo Dilma, Santos também se mostrou interessado em conhecer os programas de distribuição de renda, inclusão e de incentivo à agricultura familiar que foram desenvolvidos no Brasil
Fonte Agência Brasil