Depois de promover pequena reforma ministerial, Morales cobra dedicação

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O presidente da Bolívia, Evo Morales, cobrou, nesse domingo (23), dos novos e antigos ministros que se empenhem e demonstrem esforço nos cargos. A cobrança ocorreu no mesmo dia em que houve uma renúncia coletiva, mas dos 20 ministros apenas três foram substituídos – Desenvolvimento Produtivo e Economia Plural,  Meio Ambiente e Recursos Hídricos, além de Hidrocarbonetos e Energia.

“Todos nós temos família, mas nossa primeira família é a Bolívia. Por isso, devemos redobrar os nossos esforços, com força e saúde para servir aos interesses do povo”, disse Morales. “Quando o povo nos dá um mandato, ele deve ser cumprido, ainda mais o de seguirmos com uma Bolívia com transparência.”

As informações são da imprensa oficial, a Agência Boliviana de Informações (ABI). “Estar no governo requer um trabalho exigente e um ritmo constante”, acrescentou o presidente.

As mudanças no governo Morales ocorrem no momento em que a gestão dele recebe uma série de cobranças da população boliviana. No final do ano passado, o presidente anunciou reajustes das tarifas de combustíveis. A medida foi mal recebida pela população e os empresários. Houve sinalização de alta generalizada dos preços.

Com isso, Morales se viu obrigado a recuar e adiar os reajustes. Paralelamente, os produtores rurais reclamam da falta de incentivos e das dificuldades. O presidente afirmou ontem que a equipe de governo deve trabalhar de “forma transparente” e determinada a “superar erros”.

Morales reclamou das críticas externas que vem recebendo. “Eles [alguns líderes estrangeiros]  tentaram, sem êxito, provocar conflitos internos entre o presidente e o vice-presidente e os ministros com o objetivo de enfraquecer a estrutura do governo”, afirmou.

O presidente considerou as críticas de parte da comunidade internacional como resistências ao processo de mudança que promove no país, que “não é uma tarefa fácil”. De acordo com ele, suas metas são buscar a igualdade, a dignidade e a união para melhorar as condições de vida no país.

Agencia Brasil

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