Brasil mantém posição de não reconhecer eleições hondurenhas, diz Garcia

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Da redação do JM1
Brasília – O assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, afirmou que o Brasil vai manter a posição de desconsiderar as eleições realizadas no último domingo (29) em Honduras. Em Berlim, na Alemanha, ele disse ainda que as negociações sobre o futuro do país devem se retomadas pela Organização dos Estados Americanos (OEA).

O Brasil ao que tudo parece vai ficar numa situação um pouco constrangedora, em primeiro lugar apoiou Zelaya o presidente que queria dar uma de Chaves, mas encontrou um povo corajoso e uma justiça a altura da dignidade do povo hondurenho e agora pode ficar quase só, pois muitos países irão reconhecer a eleição em Honduras que ocorreu dentro da maior tranquilidade e não ouve tanta abstenção como queria os companheiros de Zelaya, e a resposta já veio através do parlamento não há nada a fazer a não ser dar posse ao vencedor e mandar Zelaya estudar a constituição.

O órgão anuncia hoje (4), após sessão extraordinária, a posição que vai adotar sobre as eleições em Honduras e a decisão do Congresso Nacional do país de rejeitar a restituição do presidente deposto, Manuel Zelaya. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus assessores diretos afirmam que reconhecer as eleições hondurenhas é legitimar a ação do golpe de Estado ocorrido no dia 28 de junho, quando Zelaya foi deposto.

Em entrevista exclusiva à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Garcia afirmou ontem (3) que o governo brasileiro não faz questionamentos sobre assuntos como fraudes e representatividade durante o pleito em Honduras e que o não reconhecimento das eleições é uma posição compartilhada por países importantes da América do Sul.

Ao comentar o programa nuclear iraniano e o tratamento diferenciado em relação ao assunto por parte do governo brasileiro e da comunidade internacional, Garcia reforçou que o apoio ao país se aplica apenas ao enriquecimento de urânio para fins pacíficos.

“O Irã, como o Brasil e qualquer outro país, tem direito a isso. Mas queremos que ele se submeta estritamente à supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica”, disse, ao destacar que não é um bom procedimento isolar país. “Quanto mais se isola, mais se provoca radicalismo da parte desse país na defesa de suas posições.”

Durante visita à Alemanha, o presidente Lula apelou para que a comunidade internacional mantenha as negociações com o Irã. A reação ocorreu logo depois de a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmar que há possibilidades de se “perder a paciência” com o governo iraniano em decorrência de suas posições.

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