A presidenta Dilma Rousseff já decidiu que vai à Argentina no fim deste mês, ao Peru em meados de fevereiro e ao Paraguai em março. As viagens marcam o começo da agenda internacional de Dilma, que pretende dar atenção diferenciada para a América Latina e o Caribe, ressaltando a questão do comércio regional e o respeito aos direitos humanos. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, deve ir na frente a cada um desses países.
Na Argentina, Dilma vai se reunir com a presidente Cristina Kirchner. A Argentina vive um momento político e econômico delicado. No fim do ano passado, houve desabastecimento de combustíveis e faltaram produtos nas prateleiras dos supermercados, assim como houve apagões em algumas cidades. Em outubro, há eleições presidenciais no país e a corrida já começou.
No Peru, a presidenta participa da Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa). A cúpula é um mecanismo de cooperação interregional e um fórum de coordenação política cujo objetivo é aproximar os líderes das duas regiões – nas áreas política, econômica e cultural. Será a primeira reunião com vários chefes de Estado e de governo em que Dilma participará como presidenta.
“[Essa cúpula] constituirá uma valiosa oportunidade de contato da presidenta com líderes da América Latina e do mundo árabe”, disse Patriota no discurso de posse, informando ainda que haverá um compromisso de intensificar a “cooperação e o diálogo com o continente-irmão”.
Assim como a Argentina, o Peru terá eleições presidenciais, só que ocorrerão em abril. Na disputa há quatro candidatos com possibilidades de suceder o atual presidente Alan Garcia. São eles: Luis Castillo e Alejandro Toledo, além de Keiko Fujimori (filha do ex-presidente Alberto Fujimori) e Ollanta Humala.
No Paraguai, o presidente Fernando Lugo confirmou hoje (4), por meio do ministro da Secretaria de Comunicação, Roque Gonzalez Benitez, que Dilma estará no país em março. Segundo Benitez, o objetivo é reforçar o relacionamento entre os dois países. As informações são da Presidência do Paraguai.
De acordo com o ministro, a agenda bilateral é intensa. “Eu reitero o que disse a presidenta [Dilma Rousseff] a ele [presidente Lugo]: ‘o Brasil está pronto e disposto a cumprir todos os compromissos assumidos com o Paraguai”, afirmou Benitez.
Na cerimônia de posse, em Brasília, no último dia 1º, Lugo e Dilma conversaram por cerca de dez minutos na fila de cumprimentos. O paraguaio se recupera de um câncer linfático e faz tratamento no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Agência Brasil