Vergonha, mais 468 atos secretos no Senado

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Brasília - O senador Heráclito Fortes, em entrevista à imprensa Foto: Antonio Cruz/ABr
Brasília - O senador Heráclito Fortes, em entrevista à imprensa Foto: Antonio Cruz/ABr

Por Devair G. Oliveira da redação do JM Online
Cada dia mais complicado fica a situação do governo que tenta proteger o senador Sarney, mas os senadores do PT foram liberados para votar e tudo indica que se for para votação os atos ilícitos serão investigados, os eleitos representam o povo e por tanto a sociedade merece satisfação.
Mais 468 atos secretos são descobertos no Senado
Atos alteram a estrutura de cargos e pessoal em várias áreas.
Ontem quarta-feira (12) foi encontrado mais uma lista de 468 atos secretos
no senado, além dos cerca de 500 já identificados. Esse novo grupo, editado entre 1995 e 2000, segue o mesmo padrão do anterior, ou seja, contém nomeações de parentes de políticos, concessões de benefícios salariais e criação de cargos.

Eles foram emitidos há cerca de dez anos para nomeações, demissões e
gratificações.

Segundo o “Jornal da Globo” que mostrou a documentação para nomear e dispensar funcionários dos gabinetes, da gráfica e do serviço de processamento de dados do Senado.

O fato ocorreu entre 1998 e 1999, quando o falecido senador Antônio Carlos Magalhães era o
presidente do Senado, os atos secretos foram incluídos em boletins suplementares, e só agora disponibilizados na rede de computadores do Senado, depois que a comissão de sindicância iria terminar o trabalho com os atos secretos anteriores.

Senador Ronaldo Cunha Lima, da Paraíba, nomeou seu filho, na época primeiro secretário e responsável pela administração. Outros atos alteram a estrutura de cargos e pessoal nas áreas de telefonia, biblioteca, serviço médico, segurança e comunicação. Criam funções de confiança para diretorias. E tratam até de folha de pagamento.

O ex-senador Cunha Lima, não foi encontrado para dar explicação.
No dia 29 de maio que os atos secretos agora descobertos foram postados na rede de computadores do Senado.

O senador Heráclito Fortes, primeiro secretário do Senado, encomendou uma
investigação para descobrir novos atos secretos. Ele ficou surpreso. “Uma
surpresa. Vem a ser um absurdo. Além de um crime, é uma irresponsabilidade. Torna
totalmente inseguro o trabalho feito. Nada me garante que algum maldoso,
perverso, não tem ato secreto na sua gaveta”, disse o senador.

Heráclito Fortes entendeu a descoberta como sabotagem, e determinou a abertura de
inquérito. “Isso me parece sabotagem feita à administração atual por
fundamentalistas das administrações passadas, que acham que vão voltar a
“praticar aquilo que praticaram durante 14 anos”.

Fonte Jornal da Globo

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