A Polícia Federal deflagrou hoje (30/9), em conjunto com o Ministério do Trabalho e Emprego, a operação Fake Work, com vistas a desarticular organização criminosa responsável por desvio de recursos federais destinados ao pagamento de seguro-desemprego e Bolsa Família.
Policiais federais cumprem nove mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e dois de condução coercitiva. A PF cumpriu ainda mandados de sequestro de bens. Valores em espécie também foram bloqueados nesta manhã em contas bancárias, resultando na apreensão de R$ 4 milhões, desviados pela organização criminosa.
As investigações foram iniciadas há dois meses, após informações trazidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que notificou falha no sistema informatizado, permitindo a liberação de benefícios fraudulentos por meio de registros de números aleatórios de processos trabalhistas inexistentes, com a criação de falsos vínculos empregatícios.
Durante os trabalhos investigativos, verificou-se que a organização tinha atuação desde janeiro de 2012 no Sistema Nacional de Empregos (SINE), em Olinda/PE e era responsável pela liberação de, pelo menos, 1.463 benefícios fraudulentos, totalizando a fraude o montante aproximado de R$ 8 milhões. A equipe de policiais federais apurou, também, que o líder da organização criminosa se apresentava como policial federal, exibindo falsa carteira funcional e ostentando patrimônio obtido por meio da fraude.
Os investigados foram indiciados como incursos nos crimes de corrupção ativa ou passiva, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
O nome da operação, Fake Work, faz alusão a criação de vínculos empregatícios falsos que era como a quadrilha atuava aplicando os seus golpes.
Serviço de Comunicação Social da Polícia Federal em Pernambuco