A Operação Guilhotina, desencadeada hoje (11) pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro para desarticular um grupo formado por policiais civis e militares envolvido com o tráfico de armas, drogas, milícias e outros tipos de crimes, já deteve 28 pessoas, sendo 16 policiais militares e seis civis.
Entre os detidos está a delegada Marcia Beck, titular da 22ª Delegacia de Polícia (Penha). Ela foi levada para a sede da Superintendência da PF, na Praça Mauá, para prestar esclarecimentos e depois será liberada.
As delegacias da Penha e de São Cristóvão foram fechadas hoje por quase três horas para o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Os policiais recolheram munição, celulares, agendas e objetos dos policiais acusados. O chefe da Polícia Civil, Alan Turnowski, também foi chamado à Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre as investigações.
A prefeitura do Rio divulgou nota informando que vai exonerar o delegado Carlos Antônio Luiz de Oliveira, que, há pouco mais de um mês, assumiu a subsecretaria de Operações da Secretaria Especial da Ordem Pública. As investigações da Polícia Federal indicam que há envolvimento dele com traficantes. No início da manhã, foi feita uma busca na casa do delegado, que é ex-subchefe da Polícia Civil, mas ele não foi encontrado e, segundo a PF, já é considerado foragido.
Cerca de 580 agentes da Polícia Federal participam da Operação Guilhotina. Ainda faltam ser cumpridos 17 mandados de prisão.
A PF informou que as investigações começaram em 2009, quando agentes tentavam prender um traficante em Macaé, no norte do estado, e houve vazamento de informações.
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