A Polícia Federal faz na manhã de hoje (11), no Rio de Janeiro, a Operação Guilhotina para prender policiais civis e militares acusados de corrupção e de manter ligação com traficantes de droga. Ao todo, cerca de 600 agentes, entre policiais federais e das forças estaduais, cumprem 45 mandados de prisão preventiva, sendo 11 contra policiais civis e 21 contra policiais militares, e 48 mandados de busca e apreensão. As ações são da Secretaria de Segurança Pública e do Ministério Público Estadual.
A operação conta com o apoio de dois helicópteros e quatro lanchas. Segundo informações da PF, as investigações começaram a partir do vazamento de informações durante outra operação policial, com o objetivo de prender o traficante conhecido como Rupinol, que atuava junto com Antonio Bonfim Lopes, o Nem, apontado como chefe do tráfico nas favelas da Rocinha e Vidigal, em São Conrado, zona sul da cidade.
“A partir daí, duas investigações paralelas foram iniciadas, uma da Corregedoria-Geral Unificada da Secretaria de Segurança do Rio e outra da Superintendência da Polícia Federal/RJ. A troca de informações entre os serviços de inteligência das duas instituições deu origem ao trabalho conjunto desta manhã”, afirma a nota divulgada na manhã de hoje pela PF.
O documento também informa que entre os integrantes do esquema estão informantes das polícias civil e militar envolvidos com o tráfico de droga, de armas e de munições, com a segurança de pontos de jogos clandestinos (máquinas caça-níqueis e jogo do bicho), venda de informações a policiais e conchavo com milícias. Eles também, segundo a PF, são responsáveis pelo roubo de produtos apreendidos durante operações policiais, como ocorrido na recente operação de ocupação do Complexo do Alemão.
Outros detalhes da Operação Guilhotina serão apresentados durante entrevista coletiva, marcada para as 10h30, na Sede da Superintendência da Polícia Federal, na zona portuária do Rio de Janeiro.
Agência Brasil