Em 23 de fevereiro de 2012, no fim do dia, os militares Sgt Cunha, Cb Giovaine e Cb Wagner pertencentes ao 3º Pelotão de Polícia Ambiental ‘‘Sargento Agenor de Almeida Costa’’ sediado no Parque Estadual do Rio Doce, durante patrulhamento localizaram uma moto no interior da Unidade de Conservação, em local restrito, onde não é permitido o trânsito de veículos ou pessoas e suspeitaram que seriam de caçadores.
Iniciado o monitoramento, surgiram dois indivíduos em outra moto que transitava pela estrada, os quais foram abordados com sacos de linhaça que continham restos de palha de milho e uma sacola que cheirava a fruta (manga), alimentos que são utilizados por caçadores para atraírem animais silvestres. Durante a parlamentação, um dos envolvidos declarou que havia amarrado milho em espigas e frutas nas margens da referida estrada.
A equipe deslocou ao local, sendo encontradas várias espigas de milho e frutas mangas amarradas nas árvores para atraírem animais, ação de caçadores conhecido como ‘‘ CEVA’’ e um poleiro para espera de animais o qual foi destruído pela equipe.
Diante do flagrante, foi iniciado outro questionamento sobre as armas que seriam utilizadas para abaterem os animais. Um dos autores declarou que não possuía arma de fogo, mas que um cidadão que residia na cidade de Entre Folhas, lhe emprestaria a arma. Na casa do citado cidadão, este não foi encontrado, sendo apreendida uma espingarda, tipo polveira. Os militares deslocaram então, na casa dos autores, onde localizaram no quarto de um deles, após ter sido franqueada a entrada por seus genitores, os seguintes materiais: 01 arma de fogo conhecida como “cotoco ou toco” calibre 28, várias munições de calibres variados, vários apetrechos de caça como roupas camufladas, pios para atrair pássaros, vários frascos com chumbo e, na varanda da casa, um pássaro da espécie Trinca-Ferro sem o devido registro.
Diante dos fatos apurados, um dos envolvidos foi preso por posse irregular de arma de fogo, sendo conduzido a DePol de Ipatinga, onde foi autuado em flagrante pela autoridade policial, bem como os apetrechos para caça. O pássaro, após o Laudo Técnico, será solto em seu habitat natural.
CAÇADORES FAZEM CEVA PARA CAÇA NO PARQUE ESTADUAL DO RIO DOCE E UM É PRESO POR POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO POR MILITARES AMBIENTAIS.