À ausência de arrombamento no apartamento, leva acreditar que o suspeito seja conhecido é a ligação feita pela delegada do caso.
A polícia diz já ter suspeitos no caso do ministro aposentado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, encontrado morto em casa na última segunda-feira (31), junto com a esposa e a empregada do casal – todos mortos a facadas. A delegada Martha Vargas, responsável pelas investigações, explicou as suspeitas da polícia. “Alguém conhecido e que seja ligado à família direta ou indiretamente, porque a porta não foi arrombada”, afirmou.
A polícia trabalha com o crime de latrocínio, roubo seguido de morte, porque joias foram levadas do apartamento. Até agora, pelo menos sete pessoas já prestaram depoimento. Nesta quarta-feira (2) devem ser ouvidas outras pessoas próximas de José Guilherme Villela, principalmente moradores do prédio.
Na terça-feira (1º), parentes, amigos e autoridades foram se despedir de José Guilherme Villela no cemitério Campo da Esperança. “A lembrança do homem dedicado à causa pública, à advocacia. Um homem que deixou marcas, inclusive no Tribunal Superior Eleitoral”, disse o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello. Os familiares não quiseram gravar entrevista.
O crime aconteceu no apartamento do ex-ministro, na Asa Sul, bairro nobre de Brasília. “Uma coisa inédita, pouco comum. Creio que nas superquadras de Brasília não se tem um exemplo como este”, comentou o ex-presidente do STF, Sepúlveda Pertence.
Policiais passaram o dia periciando o 6º andar e a garagem do prédio. Os dois carros das vítimas foram analisados para saber se eles voltaram sozinhos pra casa ou se estavam acompanhados.
Os três morreram com 75 facadas. José Guilherme Villela sofreu 32 perfurações. O corpo dele e da empregada, que segundo a perícia foi a primeira a morrer, foram encontrados na área de serviço. O corpo da mulher de Villela estava no corredor que dá acesso aos quartos.
O enterro da governanta da família, Francisca Nascimento da Silva, será feito às 14h30 desta quarta-feira no Cemitério de Taguatinga, cidade próxima a Brasília.