Após mais um mês de investigações, depoimentos falsos, provas da perícia e silêncio dos acusados, a polícia de Minas Gerais encerra o inquérito do caso Bruno.
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu, no fim da tarde desta quinta-feira (29), o inquérito sobre o desaparecimento de Eliza Samudio. Segundo nota publicada pela assessoria de imprensa da corporação, o inquérito tem oito volumes, com cerca de 1.600 páginas e três anexos. O documento deverá ser encaminhado ao Ministério Público Estadual na sexta-feira (30).
No total, 9 nove pessoas foram indiciadas. Bruno, Macarrão, Dayane (ex-mulher de Bruno), Fernanda (sua suposta namorada), Sérgio Rosa Sales (primo do goleiro), Elenilson Vitor da Silva, Flávio Caetano de Araújo e Wemerson Marques de Souza foram acusados de homicídio, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores. A polícia disse que o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, foi indiciado por homicídio qualificado, formação de quadrilha e ocultação de cadáver. O menor que foi detido na casa de Bruno, no Rio de Janeiro, em 6 de julho, permanece em um centro de internação provisória, em Belo Horizonte. Ele participou de uma audiência de instrução, na semana passada, no Juizado da Infância e da Juventude de Contagem (MG). De acordo com o advogado Eliézer Jônatas de Almeida Lima, que representa o adolescente, o promotor Leonardo Barreto Moreira Alves pediu a internação do menor, alegando envolvimento em atos infracionais análogos a sequestro, cárcere privado e homicídio. Dos nove indiciados, Fernanda é a única que está em liberdade. Todos os outros estão presos na Região Metropolitana de Belo Horizonte e negam o crime.
O inquérito será encaminhado ao Ministério Público, que pode mandá-lo à Justiça ou devolver à polícia por falta de provas. No caso de enviá-lo à justiça, as acusações de cada indiciado serão revistas e a partir daí, o juiz terá 90 dias para colher os depoimentos dos acusados e enviar ao corpo de jurados.