O advento das criptomoedas nacionais
Por Devair G. Oliveira
Ao observarmos o sistema financeiro mundial e as analises dos especialistas verificamos que as criptomoedas vieram para ficar e mudar o atual sistema dos atuais bancos e finanças do mundo, embora a maioria dos países ainda não tenham regulamentado as moedas virtuais, mas os negócios com as criptomoedas movimentam uma boa parte da economia. O mercado de criptomoedas cresce muito rápido, e a pandemia alavancou ainda mais a sua movimentação. Os países que ainda não consideram a adoção da criptomoeda estão perdendo uma boa fatia advindo da cobrança dos impostos, mas devido sua popularidade crescente, muitos países já estão revendo suas decisões prevendo aos vários benefícios que ela oferece. Surge então a questão de por que existe uma necessidade urgente de os países lançarem sua própria criptomoeda. Como as criptos são decentralizadas, os governos em todo o mundo querem ter sua própria moeda com base em seus próprios padrões e controle. Assim, é igual ao dólar americano, mas em formato digitalizado. Além disso, diferentes países também têm outras motivações e incentivos diferentes por trás de sua intenção e decisão de emitir sua própria criptomoeda. O Governo Brasileiro dá sinais de estar preparando o caminho para implantar sua criptomoedas, é minha opinião.
Países planejando lançar suas próprias criptomoedas
O Japão desde 2017 está planejando o lançamento de sua própria criptomoeda. Ela será chamada de J-Coin e já era para ter sido lançada, mas a pandemia atrapalhou um pouco. J-Coin será um pouco igual à sua moeda nacional atual, o iene, com uma proporção de 1: 1, com o qual os cidadãos poderiam comprar quaisquer bens ou serviços.
2-Suécia
A Suécia também trabalha firme para lançar sua primeira criptomoeda chamada E-krona. Iota é um dos provedores de soluções que está considerando alimentar o design do e-kroner. IOTA, caso você não saiba, é uma criptomoeda popular no mercado descentralizado que funciona em uma estrutura de dados baseada em gráfico acíclico direcionado, sem qualquer bloco, corrente ou mineradores.
3-Rússia
O atual problema político da Russia, tem marcado uma queda de braço entre o presidente russo e o Banco Central russo. Putin ordenou a criação da própria criptomoeda da Rússia, chamada Cryptoruble, mas o trabalho anda muito lento devido à falta de interesse em nome do Banco Central Russo.
O presidente russo, Putin, assinou recentemente a criptografia como lei
A notícia veio logo depois que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sancionou oficialmente o projeto de lei DFA da Rússia em 31 de julho. Ao assinar o projeto, Putin proibiu os residentes russos de fazer pagamentos em criptomoedas como Bitcoin ( BTC ) a partir de 1º de janeiro de 2021. Primeiro iniciado em 2018 , a lei DFA supostamente legaliza trocas cripto-to-cripto, compra e venda, bem como empréstimos em criptografia.
4-Estônia
Hoje em dia, as criptomoedas e blockchain – a tecnologia por trás das criptomoedas – têm se tornado um fenômeno global. Desde a criação do Bitcoin, o mais conhecido do mundo criptomoeda, a pesquisa sobre criptomoeda e blockchain tornou-se generalizada e gerou uma enorme quantidade de preocupações em vários países.
O mais comum preocupação é como regular as criptomoedas, por causa de sua natureza específica as regras atuais não podem ser aplicado sobre eles. Como opção, alguns países propõem emitir criptomoeda, e a Estônia não é uma exceção. No verão de 2017, foi publicada uma proposta de fontes oficiais que representavam o conceito de criptomoeda apoiada pelo estado chamado Estcoin. A proposta se tornou viral, e logo foi seguida por uma segunda que descreve a estrutura do projeto futuro. Vitalik Buterin apoiou a ideia da Estcoin e expressou seu desejo de que a Estônia se tornasse o terceiro país do mundo a lançar sua própria criptomoeda. TALLINN UNIVERSITY OF TECHNOLOGY Faculdade de Ciências Sociais Escola de Inovação e Ciência Ragnar Nurske Yuliya Polyakova. ABORDAGEM DO ESTADO ESTÔNIO PARA A CRIPTOCURRÊNCIA: O ESTUDO DE CASO DO PROJETO ESTCOIN
5-Israel
Banco central de Israel pondera sobre emissão de moeda digital para pagamentos mais rápidos
Por Steven Scheer
JERUSALÉM (Reuters) – O Banco de Israel está examinando a emissão de moeda digital como meio de criar um sistema de pagamentos mais rápido, além de reduzir a quantidade de dinheiro na economia, disse uma fonte do banco central, embora ele enfatize que nenhuma decisão ainda foi tomada.
A fonte, que falou sob condição de anonimato, também disse que o governo está pronto para legislar ou incluir a questão em seu orçamento de 2019 e pacote econômico se o banco central der luz verde.
O surgimento do bitcoin e de outras chamadas criptomoedas levou alguns economistas a prever que a tecnologia poderia ser usada um dia em economias inteiras, com moedas digitais criadas por bancos centrais.
Mas a fonte israelense disse que qualquer moeda digital introduzida pelo banco central do país seria centralizada, segura e obedeceria às regras de lavagem de dinheiro – em contraste com o bitcoin e seus pares, que são descentralizados e cujo valor frequentemente oscila descontroladamente.
O governo israelense tem procurado limitar a quantidade de dinheiro na economia por alguns anos, uma vez que a economia paralela é estimada em cerca de 22% da produção nacional.
No mês passado, o Banco de Israel publicou uma consulta pública solicitando propostas para a criação de pelo menos uma infraestrutura que suportasse pagamentos imediatos em Israel, semelhante à usada na Grã-Bretanha e na Suécia.
Países que já lançaram suas criptomoedas.
1-Dubai
Dubai detém o título de primeiro país a lançar sua primeira criptomoeda chamada Emcash em 2017. A Emcash opera com base em seu próprio blockchain e está sendo usada em várias atividades governamentais e não governamentais, como contas de serviços públicos, cobranças de café e compras que nós fazemos todos os dias. É um grande passo dado pelo governo dos Emirados Árabes Unidos e podemos ver Dubai ficar completamente sem dinheiro muito mais cedo do que você imagina.
2-Venezuela
A Venezuela detém o título de segundo país no mundo a lançar sua própria criptomoeda chamada Petro. Foi anunciado em dezembro de 2017 e lançado com sucesso em 2018. Afirma-se que é apoiado pelas reservas de petróleo e minerais do país e o governo pretende usar sua criptomoeda para terceirizar as sanções dos EUA e obter financiamento internacional, mas devido a situação do país a moeda não pegou e a economia do país despencou.
3-Tunísia
O governo da Tunísia decidiu integrar a tecnologia blockchain com eDinar e implantou a plataforma de pagamento nacional, nomeadamente Monetas. O EDinar também é amplamente utilizado para fazer transferências de dinheiro, e os usuários também podem pagar suas contas. A plataforma Monetas também será utilizada para gerenciar documentos de identificação oficiais.
4-Senegal
Depois de se inspirar na Tunísia, o Senegal lançou sua primeira moeda digital, eCFA. Isso foi possível graças à colaboração entre o Banque Regionale de Marches e o banco senegalês. É baseado inteiramente no blockchain. Ele também foi projetado para ser compatível com outras moedas digitais na África. Em breve veremos o Senegal ficando sem dinheiro a qualquer momento.
Efeito sobre Bitcoin e Ethereum
Apesar de várias pesquisaas, mas as informações são pouca claras, analisamos os países que planejam lançar suas próprias criptomoedas, bem como os países que já as lançaram. Mas isso tem algum efeito no Bitcoin e no Ethereum? A ideia das criptomoedas é exatamente a descentralização e por este motivo fazem tanto sucesso, isso vai depender muito do tratamento que essas duas criptomoedas recebem. Se cada país que tem sua própria criptomoeda tentar banir completamente o bitcoin, isso poderá representar uma séria ameaça. O atual sistema financeiro mundial já começa perder espaço e faturamento, agora mesmo com o PIX no Brasil, os bancos vão perder uma grande fonte de receita do Ted e Doc, que tende a desaparecerem. Dos cinco homens mais ricos do mundo, 4 suas economias giram com as criptomoedas, minha opinião é que a tendência é a migração dos banqueiros aos poucos para as criptomoedas, acredito até em uma regulamentação melhor das criptomoedas, o nosso atual sistema financeiro é inflacionário e de alto custo. Já deu o que tinha de dar. Afinal, Bitcoin e Ethereum são, praticamente seguros.
Conclusão
A previsão desde 2017 era de lançamento de criptomoedas por vários países, mas poucos lançaram suas próprias criptomoedas, estamos caminhando a passos largos para em direção a uma sociedade digital e sem dinheiro, onde os pagamentos e a compra de vários bens e serviços serão eficientes, mais seguros e talvez com menos custos.
Para alguns economistas, isso também pode trazer alguns problemas no comércio exterior e no mercado de ações. Qual a sua opinião sobre isso? Um país deve ter uma criptomoeda centralizada, ou uma criptomoeda descentralizada como o Bitcoin deve continuar a governar o mercado? No momento, não podemos determinar suas consequências, mas 2021 e 2022, o mercado já deverá ter descoberto o caminho melhor e também vamos descobrir como será a implementação da criptomoeda nacional em um futuro muito próximo.