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O lastro do bitcoin é sua matemática, analisa executivo

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Em artigo publicado no site Eu Quero Investir, executivo da Transfero lista os motivos por que o bitcoin tem um lastro mais forte do que as moedas nacionais

Panorama cripto

Segundo o executivo, as primeiras moedas, tal como conhecemos hoje, surgiram na Lídia (atual Turquia), no século VII A. C. E o valor delas estava na nobreza dos materiais usados na cunhagem das primeiras moedas, o ouro e a prata.

À medida que cresceu a utilização das moedas nas transações comerciais, foi necessário criar um lugar onde guardá-las. Os negociantes de ouro e prata, por terem cofres e guardas a seu serviço, passaram a aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus clientes e a dar recibos escritos das quantias guardadas, o que hoje conhecemos como cédulas.

Com o tempo, esses papéis passaram a servir como meio de pagamento por seus detentores. Portanto, todas as cédulas emitidas tinham um correspondente em ouro ou prata guardado em um cofre – que deram origem aos bancos.

Isso deu origem ao padrão-ouro, um sistema monetário que vigorou desde o início do século XIX até meados do século XX. Por esse padrão, cada banco era obrigado a converter as notas bancárias por ele emitida em ouro (ou prata), sempre que solicitado pelo cliente.

Lastro do bitcoin é sua escassez digital

Operando no regime de padrão-ouro, o banco central de cada país mantinha grande parte de seus ativos de reserva internacional sob a forma de ouro. Ou seja, a quantidade de reservas de ouro do país determinava a sua oferta monetária.

No entanto, esse sistema chega ao fim em 1971, quando os Estados Unidos aboliram unilateralmente a conversibilidade do dólar em ouro, determinando, como consequência, o fim do padrão-ouro. Portanto, as moedas dos bancos centrais também perderam o lastro. E cada país ganhou o direito de emitir moeda, o que provocou a perda do valor do dinheiro, o que conhecemos como inflação.

Já o bitcoin foi criado em 2008 por Satoshi Nakamoto como um ativo digitalmente escasso. Ou seja, seu protocolo matemático impede que mais moedas sejam emitidas do que as já previstas na sua criação. E, consequentemente, que ele perca valor pela inflação. Esse é o lastro do bitcoin.

A escassez do bitcoin é um dos pilares da tese de investimentos da Transfero para o biênio atual, que prevê que os ativos digitais serão os de melhor performance.

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