Por Devair G. Oliveira
Para o bem da verdade o mercado de criptoativos vem ganhando cada vez mais adeptos, seja no Brasil ou no mundo. Só que o mercado por si é complicado, agora imagina ele sendo atingido por uma pandemia e depois uma guerra, não tem analista que encontre o caminho perfeito, penso que o momento é de muita cautela
É verdade que o mercado vem crescendo e segundo tenho visto e ouvido de muitos analistas é que o crescimento deve continuar nos próximos anos não só por conta da popularização, mas também do avanço em questões sensíveis ao investidor, como, por exemplo, a existência de um projeto inteligente por trás.
É natural que alguém de perfil um pouco mais defensivo, ao aportar na renda variável, tenha a preocupação de optar por ativos geradores de valor, seja em qualquer circunstancias.
No caso das criptos, esta também deveria ser uma questão uma vez que muitos investidores acabam aportando os seus recursos em modalidades sem, exatamente, compreender o projeto.
Você sabe, por exemplo, qual o propósito por trás da criação do Bitcoin e de outras criptos?
No primeiro, certamente é possível formular uma resposta com a ideia de que se trata de um sistema descentralizado de pagamentos. Seu lançamento ocorreu de forma estruturada, com objetivos e funcionamentos do sistema explicados em um artigo.
Por outro lado, o Dogecoin, segundo o seu criador, Billy Markus, revelou em uma postagem no Twitter que o ativo foi lançado sem nenhuma expectativa ou plano.
Para dar um exemplo que fuja do BitCoin, já conhecido por todos, acho interessante comentar um pouco sobre a D¥N, uma criptomoeda baseada em ativos reais, ou seja, imóveis e participações.
De forma resumida, 80% de seus recursos são direcionados ao segmento de Real Estate e os outros 20%, ao operacional. Parte desse dinheiro é usado para a recompra e “queima” da cripto em um sistema chamado “buy back and burn”, no qual a quantidade total dos ativos é cada vez menor, gerando o efeito de escassez.
Na sua criação, por exemplo, a Dynasty Global, empresa suíça fundada por brasileiros, emitiu 21 milhões de unidades disponíveis para negociação e hoje são pouco mais de 20 milhões.
Inovador, não é mesmo? Tanto que ela recebeu um prêmio e hoje figura entre as companhias mais promissoras do Cripto Valley.
A tecnologia por trás das criptos, o blockchain, é a base para o desenvolvimento de uma série de inovações. Como vimos, a iniciativa descrita acima é apenas um começo.
Não podemos deixar de dar razão para aqueles que deixaram e ainda deixam de participar deste mercado com receio, sobretudo, da não existência de um projeto real e sólido por trás.
Mas não é só de bons projetos que vive o mercado, moeda totalmente insignificante e sem projetos já fez a felicidade de muita gente, basta um influenciador gigante apostar. Mas penso que o mercado tem muito ainda para melhorar, falta garantia em muitas transações, e os investidores depositam uma grana investe em uma plataforma e de uma hora para outra ela simplesmente deixa de operar em determinado país dando prejuízo para muita gente.
Por exemplo, a CREX24 fez uma tremenda publicidade das torneiras que permitia aos clientes registados obter criptomoedas gratuitas, conheci pessoas que por dois anos entrava na CREX24 por duas a 3 vezes por dia usando a torneira, e agora a operadora deixa o Brasil dando prejuízo a muitos que não conseguiram retirar suas moedas pelas taxas altíssimas; os investidores só terão mais tranquilidade depois que o governo regulamentar as criptomoedas
Porém, mais do que isso, é importante ressaltar que os agentes deste mercado estão observando as mudanças e comportamentos das pessoas. É natural que novas soluções apareçam e novidades surjam em um ecossistema tão jovem quanto nossos filhos.
É preciso observar e, ter cautela. Bons negócios!