O último dos 26 ativistas estrangeiros do Greenpeace anistiados pelas autoridades russas, o polonês Tomasz Dziemianczuk, deixou hoje a Rússia, mais de 100 dias depois da detenção por um protesto no Ártico, anunciou a organização.
“O militante polonês Tomasz Dziemianczuk deixou a Rússia, é o 26º e o último estrangeiro” dos 30 membros da tripulação de um navio da organização ambiental detidos no final de setembro pela guarda costeira russa, informou o Greenpeace em comunicado. “Isso marca o início de um novo capítulo na campanha para salvar o Ártico”, acrescentou.
Os outros 25 ativistas estrangeiros deixaram o território russo entre quinta-feira (26) e sábado (28), à medida que foram obtendo os vistos de saída.
“Estou muito feliz por voltar para casa”, disse Dziemianczuk, 37 anos, citado no comunicado. “Fomos para o Norte, para uma ação contra as companhias petrolíferas que fazem fila para lucrar com o derretimento dos gelos no Ártico”, e “essa campanha está longe de acabar”, acrescentou.
Trinta membros da tripulação do navio Arctic Sunrise foram detidos no fim de setembro, após protesto em uma plataforma petrolífera no Ártico para denunciar os riscos da exploração de hidrocarbonetos naquele ecossistema particularmente frágil.
Inicialmente acusados de pirataria, crime passível de condenação a 15 anos de prisão, os ativistas foram mais tarde acusados novamente pelo crime de vandalismo, punível com sete anos de prisão.
Os 30 ficaram detidos, primeiramente, em Murmansk e foram depois transferidos para São Petersburgo, tendo sido libertados sob caução em novembro e beneficiados, na semana passada, por uma anistia aprovada pelo Parlamento russo para assinalar os 20 anos da Constituição da Rússia. O navio continua apreendido pelas autoridades russas em Murmansk.
Agência Brasil