Policiais e bombeiros localizam dez corpos na área contaminada por radiação no Japão

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Um mês depois do pior terremoto da história recente do Japão, policiais e bombeiros retomaram as buscas por desaparecidos e mortos num raio de 10 quilômetros em torno da região da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do país. Houve explosões e vazamentos radioativos nesta área, que registrou o maior números de vítimas. Só hoje (14) foram localizados dez corpos. As buscas vão ser mantidas até o dia 24.

 

Não há detalhes sobre as causas da morte das dez pessoas localizadas hoje. Os exames serão feitos por peritos, mas a região de Fukushima é considerada a de maior risco de contaminação de radiação em decorrência dos acidentes envolvendo a usina. O ar, a água, as plantas e os animais da área receberam elevadas cargas de radiação, segundo peritos.

 

As informações são da agência pública de notícias do Japão, a NHK. Segundo a Agência Nacional de Polícia japonesa, 13.456 pessoas morreram e 14,867 desapareceram em consequência do terremoto seguido pelo tsunami de 11 de março. A agência informou que mais de 139 mil pessoas – principalmente nas regiões Miyagi, Iwate e Fukushima – ainda estão em abrigos provisórios.

 

As buscas que começaram hoje foram as primeiras na área da radiação. Com roupas próprias para locais com risco de contaminação, cerca de 300 funcionários do Departamento de Polícia da Província de Fukushima e os bombeiros fizeram as buscas na zona portuária de Namie Town – a 7 quilômetros da usina.

 

As equipes fizeram as buscas manualmente, desenterrando escombros e monitorando os níveis de radiação no local. A cidade de Fukushima, que costumava ser o centro da indústria de pesca local, virou pilha de entulho. Na região foram localizadas também quatro vacas vivas, que corriam soltas pelo pasto. No porto havia barcos de pesca vazios e atracados.

Agência Brasil

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