A possibilidade de a comunidade internacional aprovar nova resolução condenando a violência e a repressão na Síria será interpretada como “uma declaração de guerra diplomática e política” contra o país, segundo o representante sírio na Organização das Nações Unidas (ONU), o embaixador Bashar Jafari.
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Geral da ONU vota hoje (22) a proposta de uma resolução contra a Síria, defendida pela Grã-Bretanha, a França e a Alemanha. Se aprovada, a resolução, que não tem poder efetivo, será o primeiro passo para levar o tema ao Conselho de Segurança.
No Conselho de Segurança das Nações Unidas houve uma tentativa, liderada pelos Estados Unidos, de condenar a repressão do governo sírio. A proposta foi vetada pela China e Rússia. Nos últimos dias, a crise na Síria se agravou. Há registros de mais casos de violência. O presidente Bashar Al Assad acusa o Ocidente de ingerência.
A ONU estima que cerca de 3,7 mil morreram nos conflitos entre policiais e manifestantes nos últimos oito meses na Síria. Os manifestantes reivindicam mudanças políticas, o combate à corrupção e o fim da violação dos direitos humanos na região.
Agência Brasil