Para Lula, EUA não podem ser tutores da paz no Oriente Médio

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Em cerimônia de apresentação de oficiais-generais das Forças Armadas, nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o novo papel do Brasil no cenário internacional e fez críticas à política externa norte-americana para o Oriente Médio.

“Não haverá paz no oriente médio enquanto os Estados Unidos forem os tutores da paz”, afirmou Lula, acrescentando que “não é uma questão dos Estados Unidos, é uma questão de saber quem da Autoridade Palestina pode falar, quem de Israel pode falar, se a Síria será ou não ouvida. É preciso ¿distensionar¿ a situação”.

O presidente voltou a contar uma história do início de seu primeiro mandato, quando, ao participar de um evento com chefes de Estado do mundo todo, apenas quando o então presidente dos EUA George W. Bush chegou todos se levantaram. “Eu segurei no Celso Amorim (ministro das Relações Exteriores) e disse: ninguém levantou quando a gente chegou, por que vamos levantar agora? Então o Bush veio e sentou conosco”.

Para Lula, a história mostra que a “subserviência não leva a lugar nenhum”. “O ser humano não gosta de lambe-botas, gosta de quem quer ser tratado com igualdade”.

O presidente defendeu a intermediação brasileira no Irã, as conversas com vizinhos como Bolívia, Paraguai e Argentina, e até a compra do Airbus para as viagens presidenciais.

“Vocês sabem o que amarguei quando comprei um Airbus pra não ver nosso avião ser chamado de sucatão. Agora estou triste, porque pensei que o avião era meu, que eu podia levar comigo, mas tenho que deixar, porque o Aerolula agora é o Aerodilma”.

Por Terra

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