O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) se reúne hoje (22) extraordinariamente para discutir a crise política no Paraguai, instaurada pela destituição do ex-presidente Fernando Lugo em junho. O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, foi até Assunção, capital paraguaia, para conversar com as autoridades e analisar a situação. Na ocasião, Insulza sinalizou ser contrário à suspensão do Paraguai do órgão.
O secretário conversou com o presidente do Paraguai, Federico Franco, o ministro dos Negócios Estrangeiros, José Félix Fernández Estigarribia, integrantes do Congresso Nacional, da Corte Suprema e da Justiça Eleitoral.
O Conselho Permanente da OEA já fez três sessões especiais sobre o assunto, mas não adotou resoluções sobre o caso. Paralelamente, a organização informou que enviará 500 observadores estrangeiros para acompanhar o processo eleitoral no Paraguai. Em 21 de abril de 2013, haverá eleições majoritárias no país.
Após a destituição de Lugo, em 22 de junho, integrantes da OEA examinaram a situação política no Paraguai, mas não houve consenso. As autoridades do Paraguai confiam na possibilidade de uma decisão favorável ao governo, mas admitem que o tema divide opiniões.
A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e o Mercosul decidiram suspender provisoriamente o Paraguai. A suspensão é até abril de 2013, quando as eleições serão realizadas. A medida foi uma reação à forma como Lugo foi destituído. Para líderes políticos da região, o então presidente não teve o tempo necessário para se defender no processo de impeachment.
Agencia Brasil