A missão conjunta da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Comunidade do Caribe (Caricom) disse considerar que as eleições presidenciais do Haiti foram válidas, apesar das “sérias irregularidades”.
A votação, que ocorreu no último domingo (28), foi marcada pela desorganização, por atrasos e protestos de candidatos e eleitores.
“A missão conjunta não acredita que essas irregularidades, mesmo sendo sérias, deveriam invalidar as eleições”, disse o chefe do grupo de observadores, Colin Granderson.
Doze dos 18 candidatos de oposição pediram a anulação dos resultados por suspeita de fraude, que favoreceria o candidato governista Jude Celestin. Para a OEA, a decisão de denunciar o processo como fraudulento foi “apressada” e “lamentável”.
O Conselho Eleitoral do Haiti negou as alegações houve fraude com a inclusão de cédulas preenchidas nas urnas para garantir a vitória de Celestin.
Ontem (29), dois dos principais líderes da oposição, Mirlande Manigat e Michel Martelly, reviram suas posições, dizendo que o resultado das eleições deveria ser respeitado.
Os resultados são esperados a partir do dia 5 de dezembro e a contagem final deve ser anunciada em 20 de dezembro. Se nenhum dos candidatos receber mais de 50% dos votos, os dois mais votados irão para o segundo turno em 16 de janeiro.
O pleito de domingo escolheu ainda 11 dos 30 senadores e todos os 99 deputados do país.
Agência Brasil