Mais de 440 pessoas que viajavam a bordo do navio naufragado na noite de ontem (1º) no Rio Yangtze, na China, estão desaparecidas. O último balanço divulgado pela agência oficial chinesa Xinhua aponta ainda cinco mortes e 12 pessoas resgatadas com vida. O naufrágio pode ser o pior registrado nas últimas décadas no país.
Nas últimas horas, mergulhadores conseguiram salvar uma mulher de 65 anos que estava dentro do navio, mas o vento forte e a chuva dificultam as operações de busca e salvamento. O acidente aconteceu quando o navio Dongfangzhixing (Estrela do Oriente) foi atingido por ventos de 130 quilômetros por hora.
O capitão e o engenheiro-chefe da embarcação foram detidos e disseram que o navio afundou no espaço de um a dois minutos. “Foi tão rápido que o capitão nem teve tempo de dar sinal de alerta”, disse Wang Yangsheng, funcionário superior do Centro de Socorro Marítimo de Yuegang.
Estavam a bordo 406 passageiros e 47 tripulantes. As idades dos passageiros vão de 3 aos 83 anos, sendo a maioria entre 60 e 70 anos. O navio, com 76 metros de comprimento e quatro andares, seguia de Nanjing para Chongqing, duas grandes cidades por onde passa o Rio Yangtze.
Mais de 100 barcos e quase 5 mil pessoas, entre elas 1.840 soldados e 1.600 agentes de polícia, foram mobilizados para as operações de busca e salvamento, indicou a imprensa oficial. O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, já se deslocou para o local do naufrágio, uma região com 15 metros de profundidade, situada em Jianli, na província de Hubei.
Com quase 20 anos de serviço e capacidade para transportar 534 pessoas, o Dongfangzhixing fazia regularmente passeios turísticos no Yangtze, terceiro maior rio do mundo depois do Nilo e do Amazonas, com 6.300 quilômetros de extensão.
Agência Lusa