As eleições legislativas realizadas ontem (2) no Irã consagraram os conservadores como vitoriosos na disputa pelas 290 vagas para o Parlamento. As autoridades iranianas informaram que 75% dos eleitos pertencem às correntes conservadoras, que também conseguiram fazer com que a maioria dos eleitores comparecessem às urnas, mesmo sem o voto ser obrigatório no país.
O diretor do órgão responsável pelas eleições, Seyyed Sowlat Mortazavi, disse hoje (3) que os resultados finais serão anunciados em 48 horas a 72 horas. As apurações preliminares indicam que 112 candidatos pertencem aos partidos conservadores, 28 são apontados como da ala reformista, dez são ligados ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e os 40 demais ainda estão indefinidos.
No Irã, a seleção dos candidatos ao Parlamento deve ser submetida a uma criteriosa análise do guia supremo, o aiatolá Ali Khamenei, que está no cargo desde 1989. Os parlamentares iranianos têm mandato de 4 anos. O Parlamento é unicameral – é chamado de Majlis.
De acordo com informações da imprensa oficial, candidatos da ala reformista reconhecidos por sua trajetória política não foram eleitos. Nesta relação estão Parvin Ahmadinejad, irmã do presidente do Irã, e Ahmad Nateq-Nouri, irmão do ex-presidente do Parlamento, além de Mostafa Kavakebian, Khabbaz Mohammadreza e Alikhani Qodratollah.
Pelo menos 65% dos cerca de 48,2 milhões de eleitores do Irã foram às urnas ontem para escolher entre os 3.454 candidatos. A oposição iraniana, chamada de reformadores, fez campanha contra as eleições. Para os oposicionistas, as eleições no Irã são alvo de suspeitas, pois observadores internacionais são impedidos de acompanhar as votações.
Agência Brasil