Miguel Jorge negocia acordos que serão fechados por Lula na visita ao Irã

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Teerã (Irã) – Um dia e meio no Irã foi suficiente para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e os 86 empresários brasileiros que o acompanham na viagem fecharem uma série de negociações. Por parte do governo brasileiro, o ministro acertou que serão firmados vários acordos na visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país, no dia 15 de maio.

A ideia é definir parcerias em áreas que vão desde o setor de alimentos até tecnologia e automotivos. O destaque dos acordos, porém, é a redução de tarifas sobre uma série de produtos. Ainda não foi definido que mercadorias serão favorecidas. Um grupo de trabalho, com representantes dos dois governos, analisa a questão.

“Foi uma viagem muito positiva. O Irã é um mercado vasto e importante. São mais de 72 milhões de habitantes e vários setores de interesse comum”, disse Miguel Jorge, sem esconder a satisfação com as negociações. “Temos muitas possibilidades para oferecer e eles têm muito interesse nessa parceria, ou seja, tem tudo para dar certo.”

A lista de ações comuns entre o Irã e o Brasil inclui o desenvolvimento técnico, com o apoio de especialistas brasileiros, nas áreas de metrologia e certificação sob a coordenação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Também há estudos para o aperfeiçoamento dos termos sobre propriedade privada no Irã.

Outra proposta em estudo é o desenvolvimento de um projeto destinado ao setor automotivo. Mas um dos temas mais aguardados pelos iranianos é a redução de tarifas para produtos considerados fundamentais ao país. Os setores ainda serão analisados. Uma das iniciativas prevê ainda facilidades para a exportação de alimentos brasileiros aos iranianos. Os detalhes estão sendo fechados pelos técnicos.

Os empresários brasileiros se queixam das dificuldades para os pagamentos de linhas e cartas de créditos, uma vez que as sanções econômicas contra o Irã dificultam a intermediação de instituições bancárias. Para fechar os negócios, os empresários utilizam um terceiro país.

No último domingo (11), Miguel Jorge deixou São Paulo acompanhado por um grupo de 86 empresários, dos quais 15 são mulheres, rumo a Teerã, em seguida ao Cairo (Egito) e a Beirute (Líbano). São empresários de 13 setores distintos: alimentício, automotivo, de etanol, moveleiro, de equipamentos cirúrgicos, médicos e hospitalares, além de manufaturados.

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