A Suprema Corte do Peru confirmou ontem (12) a condenação da pena de seis anos de prisão imposta ao ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), de 72 anos. Fujimori foi condenado por comandar um esquema irregular de compra de meios de comunicação, suborno a parlamentares e espionagem.
O ex-presidente é mantido preso em uma penitenciária nos arredores de Lima. Ele já cumpre pena de 25 anos por uma série de denúncias envolvendo violação de direitos humanos. Recentemente, médicos confirmaram que ele sofre de câncer na boca e depressão. Mas não obteve autorização para cumprir pena domiciliar.
Na decisão de ontem, a Justiça rejeitou os recursos impetrados pela defesa do ex-presidente para anular o processo. A Corte impôs ainda os pagamentos de indenizações ao Estado por parte de Fujimori, no valor de US$ 13,5 milhões, e mais um total de US$ 1,6 milhões para 28 vítimas. As indenizações serão pagas de forma proporcional, segundo a sentença.
De acordo com o acórdão, “[as acusações contra o ex-presidente estão] suficientemente provadas implicando o reconhecimento de responsabilidade penal e civil”.
No primeiro semestre deste ano, Fujimori voltou ao cenário político nacional e internacional porque a filha dele, Keiko, de 35 anos, disputou as eleições presidenciais e perdeu por uma pequena margem de votos para o atual presidente peruano, Ollanta Humala. Havia informações de que Keiko, se eleita, teria o pai como mentor político e intelectual. Ela negou à época.
Agência Brasil