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Brasília – O governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, deve mostrar à comunidade internacional que seu programa nuclear tem fins pacíficos e não há elementos que justifiquem as suspeitas de produção de armamentos. A sugestão foi feita pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, nos encontros políticos e técnicos que manteve em Teerã desde ontem (26).
“Todas as nações, incluindo o Irã, têm o direito de fazer uso pacífico da energia nuclear”, afirmou Amorim, ao final de uma série de reuniões políticas na capital do Irã, segundo a agência oficial de notícias iraniana, a Irna. De acordo com ele, eventuais sanções contra o Irã ameaçam a sociedade do país como um todo. “Não há resultado positivo algum nisso [na imposição de sanções]”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã, Manouchehr Mottaki, disse hoje (27) que iranianos e brasileiros são “dois grandes jogadores internacionais que podem desempenhar um papel chave no estabelecimento da paz e da segurança internacionais”.
Amorim chegou ontem a Teerã para uma visita de dois dias. O chanceler foi enviado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também orientou que ele visitasse Moscou (Rússia) e Istambul (Turquia). O objetivo é traçar uma estratégia em busca de negociações com eventuais parceiros para que o Irã não seja submetido a sanções por parte do Conselho de Segurança das Organização das Nações Unidas (ONU). Lula irá para o Irã no dia 15 e ficará no país até o dia 17.
Segundo Amorim, as pressões estrangeiras não vão surtir efeito sobre a atuação do governo Lula em favor do desenvolvimento do programa nuclear iraniano. “O Brasil é país independente e que não é influenciado por qualquer elemento estranho”, disse o chanceler, segundo a Irna.
Nos últimos dias aumentou a pressão liderada pelo governo dos Estados Unidos para aprovar no Conselho de Segurança da ONU sanções contra o Irã. Para os norte-americanos, o programa nuclear daquele país inclui de forma secreta a fabricação de armas atômicas. O presidente Ahmadinejad nega as suspeitas.
Agência Brasil