O Titan sofreu uma “catastrófica implosão”, afirmou contra-almirante
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A Guarda Costeira dos Estados Unidos, que trabalha nas buscas do submersível desaparecido no Oceano Atlântico, em uma área próxima aos restos do Titanic, confirmou a morte de todos os cinco ocupantes da embarcação. Em coletiva de imprensa, o contra-almirante da Guarda Costeira John Mauger afirmou que houve uma implosão na embarcação. Mais cedo, os responsáveis pelas buscas confirmaram ter encontrado destroços em uma área próxima ao Titanic.
“Esse é um ambiente imperdoável, no chão do oceano. Os destroços são consistentes com uma catastrófica implosão da embarcação”, disse Mauger. Segundo ele, os detritos encontrados indicam perda de pressão na cabine do Titan, o submersível utilizado em expedições turísticas aos restos do navio afundado em abril de 1912. Em nota, a OceanGate, responsável pelo Titan, também confirmou a morte dos passageiros do submersível. “Lamentamos a perda das vidas”, disse.
O Titanic, que afundou em 1912 em sua viagem inaugural depois de atingir um iceberg, matando mais de 1.500 pessoas, está a cerca de 1.450 km a leste de Cape Cod, nos Estados Unidos, e 640 km ao sul de St. John’s, no Canadá.
O Contra-Almirante acrescentou que os veículos operados remotamente, utilizados nas buscas, continuarão no local do acidente para coletarem mais informações sobre o ocorrido. Durante a coletiva, ele também prestou condolências às famílias das vítimas do acidente, informadas assim que ficou caracterizada a implosão do Titan.
O submersível estava desaparecido desde o dia 18 de julho. Faziam parte da expedição o bilionário e explorador britânico Hamish Harding, de 58 anos; o magnata dos negócios nascido no Paquistão Shahzada Dawood, 48, e seu filho Suleman, de 19, ambos cidadãos britânicos; o oceanógrafo francês e especialista em Titanic Paul-Henri Nargeolet, 77, que visitou os destroços dezenas de vezes; e o norte-americano Stockton Rush, fundador e executivo-chefe da OceanGate, que pilotava o submersível.