O governo dos Estados Unidos rechaçou as declarações do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que relacionou os casos de câncer em cinco líderes latino-americanos, inclusive ele, a uma estratégia norte-americana de “minar” esses representantes. O Departamento de Estado dos EUA qualificou a declaração de “horrenda e censurável”
Anteontem (28) Chávez disse que era muito estranho que ele e seus colegas da Argentina (Cristina Kirchner), do Paraguai (Fernando Lugo), e do Brasil (Dilma Rousseff, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) tivessem sido diagnosticados com câncer recentemente.
Depois de prestar solidariedade à Cristina Kirchner, Chávez disse acreditar que há uma estratégica liderada por norte-americanos para minar os líderes latino-americanos. Durante seu programa de rádio, ele lembrou que há provas de que médicos dos Estados Unidos fizeram, nos anos de 1940 na Guatemala, experiências com os guatemaltecos sobre doenças sexualmente transmissíveis.
As experiências dos norte-americanos na Guatemala provocaram 83 mortes. O caso teve repercussão internacional e o governo dos Estados Unidos se desculpou pelo fato. “É muito difícil explicar, com base na lei das probabilidades, por exemplo, o que tem ocorrido com alguns de nós [líderes] na América Latina”, disse Chávez que, em meados deste ano, retirou um abcesso na região pélvica durante cirurgia em Cuba.
Além de Chávez e Cristina Kirchner, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz quimioterapia para curar um câncer na laringe. A presidenta Dilma Rousseff e o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, foram submetidos a um tratamento para a cura de linfoma.
Agência Brasil