Ex-presos de Guantánamo em Portugal só se movimentarão na UE com permissão

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Os dois ex-presos de Guantánamo que chegaram na sexta-feira à noite a Portugal em regime de asilados precisarão de permissões especiais para se movimentar pela União Europeia (UE), afirmou o Ministério do Interior português.
Os dois cidadãos de origem síria que estavam detidos em Guantánamo serão instalados em residências cedidas pelo Estado português e suas identidades não serão reveladas.
“Esses cidadãos, que tinham manifestado seu interesse em ser amparados por Portugal, não são objeto de nenhuma acusação, são pessoas livres e estão realizando as diligências necessárias para sua integração na sociedade portuguesa”, segundo o comunicado.
A nota também indica que o asilo dos dois ex-presos possui características especiais por “razões humanitárias reconhecidas”, o que permite a entrada e permanência em território nacional.
O Ministério do Interior acrescentou que “a decisão de amparada foi tomada segundo as informações oferecidas pelas autoridades americanas e esteve precedida por reuniões entre o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e os representantes legais dos ex-detidos, após a avaliação de sua capacidade de integração”.
A amparada dos dois cidadãos sírios em território português foi decidida pelo Governo após o pedido expresso das autoridades dos Estados Unidos.
Portugal foi o primeiro dos países da União Europeia (UE) a oferecer asilo a alguns dos 229 estrangeiros detidos em Guantánamo, a que se uniram depois Espanha, Itália, França, Alemanha, Finlândia, Irlanda, Estônia, Letônia e Lituânia.

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