Por Devair G. Oliveira
Maduro foi avisado que tem até dia 10 de janeiro para deixar o poder na Venezuela, a crise política ganhou novos contornos nesta semana, após a Embaixada dos Estados Unidos para a Venezuela, atualmente operando em Bogotá, Colômbia, declarar que 10 de janeiro de 2024 é o prazo final para que Nicolás Maduro deixe o poder.
A declaração foi feita por Francisco Palmieri, chefe da Missão dos EUA na Venezuela, por meio de uma publicação na plataforma X (antigo Twitter).
Segundo Palmieri, o desrespeito ao prazo representará um rompimento definitivo com a ordem constitucional do país, agravando ainda mais a crise que já afeta milhões de venezuelanos.
“Dez de janeiro é a data-limite para Nicolás Maduro. Recusar uma transição democrática representará a ruptura definitiva com a ordem constitucional e mergulhará a Venezuela em uma crise ainda mais profunda. Ele terá de enfrentar uma comunidade internacional mais unida e uma falta de legitimidade ainda maior”, afirmou Palmieri.
A data mencionada marca tradicionalmente a posse presidencial na Venezuela e, de acordo com os EUA e aliados internacionais, deveria ser o início de um governo legítimo baseado no resultado das eleições presidenciais realizadas em julho deste ano.
Eleições contestadas e a legitimidade de González
A disputa pelo poder intensificou-se após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo regime chavista, declarar Nicolás Maduro como vencedor das eleições de julho. O órgão, entretanto, não apresentou as atas de votação das seções eleitorais, levantando suspeitas e críticas sobre a lisura do processo.
Em contrapartida, a oposição venezuelana disponibilizou mais de 80% das atas eleitorais em um site, comprovando, segundo eles, a vitória de Edmundo González, candidato opositor.
González, que atualmente está exilado na Espanha desde setembro após um mandado de prisão expedido pela Justiça venezuelana, já afirmou que retornará ao país no dia 10 de janeiro para assumir a presidência, mesmo sob risco de represálias.
Data mencionada marca tradicionalmente a posse presidencial na Venezuela e, de acordo com os EUA e aliados internacionais, deveria ser o início de um governo legítimo baseado no resultado das eleições presidenciais realizadas em julho deste ano.
Eleições contestadas e a legitimidade de González
A disputa pelo poder intensificou-se após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo regime chavista, declarar Nicolás Maduro como vencedor das eleições de julho. O órgão, entretanto, não apresentou as atas de votação das seções eleitorais, levantando suspeitas e críticas sobre a lisura do processo.
Pressão internacional aumenta
Os Estados Unidos, ao lado de diversos países, têm reconhecido González como o vencedor legítimo das eleições presidenciais, enquanto reforçam críticas ao regime chavista pela falta de transparência e pelo desrespeito aos processos democráticos.
Já González, representando a oposição, enfrenta o desafio de retornar ao país e tentar exercer sua legitimidade em um contexto de instabilidade e controle repressivo por parte do regime chavista.
A declaração dos Estados Unidos é mais um capítulo no complexo xadrez político da Venezuela. O desfecho desse embate determinará não apenas o futuro político do país, mas também as condições de vida de milhões de venezuelanos que enfrentam os impactos de anos de crise.